Após um traumatismo na cabeça, deve-se monitorar o paciente nas primeiras 24h/48h, evitando esportes de contato e mantendo uma alimentação saudável. Em caso de sintomas preocupantes, buscar ajuda médica imediata.
De um acidente doméstico a um trauma significativo, bater a cabeça sempre gera preocupação, principalmente quando envolve crianças e idosos. Desde quedas a distrações e práticas de atividades esportivas, uma das principais dúvidas que surgem após um traumatismo craniano é sobre a segurança de dormir. É perigoso? Quanto tempo deve-se esperar antes de permitir que a pessoa durma?
Em conversa com o Terra Você, o neurocirurgião Felipe Mendes conta que, atualmente, não há uma preocupação muito grande quanto à recomendação de evitar dormir após um traumatismo craniano. Em casos leves, em que não há sintomas preocupantes, não há motivos para evitar que a pessoa não durma.
Porém, alguns sinais de alerta podem indicar que é fundamental procurar ajuda médica após o trauma, entre eles:
- Perda de consciência;
- Confusão ou desorientação;
- Vômitos repetidos;
- Dores de cabeça intensa;
- Convulsões;
- Dificuldade para falar ou andar;
- Fraqueza ou dormência em qualquer parte do corpo;
- Alterações na visão.
O médico explica que quando há um trauma significativo, existe a preocupação de ocorrer uma deterioração neurológica não detectada devido à falta de monitoramento dos sinais vitais e do nível de consciência.
“Alguns hematomas cranianos podem levar a sintomas algumas horas após o impacto inicial, sem nenhuma manifestação em um primeiro momento”, diz o neurocirurgião.
Cuidados pós-trauma na cabeça
O especialista recomenda realizar o monitoramento de perto do paciente nas primeiras 24h/48h, observando qualquer mudança no comportamento ou no estado neurológico. Vale evitar atividades físicas intensas ou esportes de contato até liberação médica e manter uma alimentação saudável e hidratação adequada.
Outro ponto fundamental é consultar um médico neurocirurgião para orientação específica e exames adicionais, se necessário, além de buscar ajuda médica imediata caso novos sintomas apareçam ou se os existentes se agravem.