Poluição faz crescer casos globais de câncer de pulmão em pessoas que nunca fumaram

Segundo estudo, o subtipo da doença mais predominante hoje é o adenocarcinoma, que tem relação também com a contaminação da atmosfera

18 mar 2025 - 16h32
(atualizado às 19h11)
Resumo
Casos de câncer de pulmão em não fumantes estão aumentando devido à poluição, de acordo com um estudo publicado na revista The Lancet Respiratory Medicine. O adenocarcinoma é o subtipo mais comum e o estudo sugere mais pesquisas e formas de detecção precoce.
Poluição faz crescer casos globais de câncer de pulmão em pessoas que nunca fumaram, conclui estudo
Poluição faz crescer casos globais de câncer de pulmão em pessoas que nunca fumaram, conclui estudo
Foto: Pixabay

Os casos globais de câncer de pulmão em pessoas que nunca fumaram estão crescendo, em parte devido à poluição do meio ambiente. Esta é a conclusão de um estudo recém-publicado na revista científica The Lancet Respiratory Medicine.

Pesquisadores franceses e chineses fizeram uma análise epidemiológica do perfil e da incidência de quatro tipos principais de câncer de pulmão --adenocarcinoma, carcinoma de células escamosas e carcinomas de pequenas células e de grandes células. Hoje, o subtipo que mais cresce é o adenocarcinoma, que tem relação também com a poluição do ar, mas nem sempre foi assim.  

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O estudo avaliou dados de 2022 e os comparou com registros de anos anteriores. Até a década de 1970, sobretudo por causa do tabagismo, o principal tipo histológico do câncer de pulmão era o de células escamosas, com maior incidência em homens.

Em 2020, o adenocarcinoma se tornou o tipo mais comum de câncer de pulmão e responde por 45% dos casos em homens e 59% nas mulheres. Curiosamente, observa-se uma queda nas taxas entre homens e um aumento nas mulheres.

O estudo alerta para a necessidade de mais pesquisas e meios de detecção precoce desses tumores, além de novas formas de controlar outros fatores de risco. Atualmente, a orientação para detecção precoce do câncer de pulmão, com tomografia de baixa dose, é direcionada à população de risco, não à população em geral.

Considera-se população de risco para câncer de pulmão pessoas com mais de 50 anos, tabagistas com alta carga tabágica (20 anos-maço, o que equivale a fumar uma carteira todos os dias ao longo de 20 anos) ou ex-tabagistas com alta carga tabágica e que tenham parado em até 15 anos. O rastreio tem impacto importante na redução de mortalidade relacionada à doença.

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Fonte: Redação Terra
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