Sabrina Sato, 43, perdeu o bebê que estava esperando com o ator Nicolas Prattes, 27. A apresentadora estava 11ª semana de gestação e sofreu um aborto espontâneo devido a uma não evolução da gestação.
Apesar de pouco falado, é mais comum que perdas espontâneas aconteçam nesse período inicial de 12 semanas. Quando a gravidez foi anunciada há 3 semanas, depois de a notícia "vazar", o comunicado da assessoria de Sabrina Sato deixava claro que os pais tinham sido orientados a esperar a evolução do feto: "Por orientação médica, foi pedido que aguardassem a evolução com cuidado e amor", dizia o texto.
O início de uma gravidez é marcado por mudanças profundas e essenciais para o desenvolvimento saudável do bebê, por isso algumas gestantes são orientadas pelos médicos e preferem não revelar a gestação antes de completar o primeiro trimestre, às vezes até mesmo para a família.
É nas primeiras 12 semanas que o embrião passa por etapas críticas de formação dos principais órgãos e sistemas, como o cérebro e o coração, tornando esse período especialmente delicado e importante para o futuro da gestação.
Para entender porque as primeiras 12 semanas de gestação são as mais delicadas, o Terra Você conversou com a ginecologista Fernanda Nassar, que explicou que essa fase inicial da gravidez exige cuidados específicos para garantir a saúde tanto da mãe quanto do bebê.
Primeiro trimestre é sensível a fatores externos
Durante o primeiro trimestre, o embrião está em processo de fixação no útero, e o corpo da mãe passa por intensas variações hormonais, aumentando a sensibilidade a fatores externos. Nesse estágio, o risco de complicações, como abortos espontâneos e anomalias congênitas, é mais alto.
"Essas condições podem ser causadas por fatores genéticos, infecciosos ou ambientais", explica a médica, destacando que o acompanhamento pré-natal é fundamental para identificar e tratar eventuais problemas precocemente.
Cuidados essenciais para uma gestação segura no primeiro trimestre
Para minimizar os riscos, a gestante deve adotar uma série de cuidados com a alimentação e o estilo de vida. “Recomendo que a gestante mantenha uma alimentação saudável, evitando alimentos crus ou com risco de contaminação, e siga todas as orientações de suplementação, especialmente o ácido fólico, que ajuda na formação do sistema nervoso do bebê”, aconselha a profissional.
Além disso, é fundamental evitar álcool, tabaco e exposição a substâncias químicas, bem como priorizar o repouso, já que o corpo da mulher passa por muitas adaptações.
Sinais de alerta e quando procurar ajuda médica
Apesar de náuseas e desconfortos leves serem comuns no início da gravidez, alguns sintomas podem indicar problemas mais sérios. Sangramento vaginal, cólicas fortes, tonturas frequentes e desmaios são sinais que merecem atenção imediata.
"Sempre que a gestante notar algo que fuja do normal ou que cause preocupação, é importante procurar ajuda médica o mais rápido possível”, orienta a ginecologista.
Os exames iniciais, como ultrassons e testes sanguíneos e hormonais, desempenham um papel importante para proteger a mãe e o bebê nas primeiras semanas.
Esses exames permitem ao médico monitorar o desenvolvimento do bebê, identificar precocemente qualquer possível anomalia ou deficiência nutricional e orientar a mãe sobre os cuidados necessários para assegurar uma gravidez segura e saudável.
“O acompanhamento médico nas primeiras semanas é fundamental para garantir uma gestação saudável", finaliza a médica.