Um estudo sueco publicado pela revista científica Journal of Sleep Research em 2020 revelou que a presença de cobertor pesado na hora de dormir ajuda a aumentar a produção de melatonina, hormônio do sono profundo e reparador, em até um terço a mais.
Esse tipo de cobertor tem cerca de 12 a 15% do peso total do corpo de uma pessoa e é comum em países do hemisfério norte. Ele, inclusive, vem sendo indicado como uma forma de terapia contra ansiedade e autismo devido a pressão da coberta e ao estímulo que o acessório provoca para um sono mais profundo.
Segundo os cientistas que realizaram o estudo, estes cobertores colocam o sistema nervoso em modo de descanso, o que reduz alguns sintomas de ansiedade, como batimentos cardíacos acelerados ou respiração.
A pesquisa foi feita com 26 participantes durante duas noites. Na primeira noite, todos os indivíduos dormiram com um cobertor pesado. Na segunda, com um lençol comum. Eles foram dormir por volta das 22h e tiveram uma amostra de saliva coletada a cada 20 minutos até as 23h.
Os resultados mostraram que, ao final da hora, dormir com um cobertor pesado gerou níveis 32% mais altos de melatonina. De acordo com os cientistas, as mantas ativam o nervo vago de uma pessoa graças a pressão do cobertor, que ativa o sistema nervoso parassimpático do cérebro e ajuda a “desacelerar” o corpo, cortando a produção de cortisol e aumentando a secreção de serotonina.
Afinal, uma pessoa calma e menos ansiosa dorme muito melhor do que alguém estressado.