O American College of Sports Medicine, referência mundial de medicina esportiva, divulgou um levantamento para lá de importante. O documento explica como é importante que pessoas idosas tenham uma rotina de exercício físico. Entenda porque, os benefícios e como uma pessoa de mais de 65 anos pode inserir a atividade no dia a dia.
Como começar?
Se você tem mais de 65 anos de idade e quer começar a fazer exercício físico, veja a seguir. A Agência Einstein indica, primeiramente, procurar um profissional da área para montar um programa de treinamento para você. Com boa orientação, o risco de lesões é muito pequeno.
Já a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que três vezes por semana é o mínimo da realização da prática. Os treinos também têm que contar com modalidades aeróbicas, fortalecimento muscular, flexibilidade, força, coordenação motora, agilidade e equilíbrio. Para os que nunca fizeram atividade física, ou estão há muito tempo sem treinar, a recomendação é que inicie com treinos de menor intensidade que durem menos tempo.
"Neste caso, é essencial focar na questão da aprendizagem motora. Precisa, primeiro, aprender a fazer os movimentos corretamente, realizando a contração dos músculos de maneira correta e evitando sobrecarga sobre as articulações, para, depois, progredir em relação a volume, intensidade e variações de exercícios", afirma a educadora física do Espaço Einstein, Larissa Fidelis da Silva.
Quais são os cuidados necessários?
Além da presença de profissionais, os idosos devem tomar mais algumas medidas. "Em primeiro lugar, é necessário considerar que esta população apresenta maior vulnerabilidade. É essencial adotar cuidados específicos para prevenir lesões e intercorrências, como consultas médicas e check-ups regulares, hidratação adequada e roupas e calçados apropriados, que ajudam a evitar lesões e facilitam a manutenção térmica do corpo", recomenda o ortopedista e traumatologista, Moisés Cohen.
Quais são os benefícios de uma rotina de exercício físico?
Quanto mais velhos vamos ficando, o risco de quedas, doenças crônicas e comprometimento cognitivo vai aumentando. Assim, os programas de exercícios físicos ajudam a diminuir esta chance. "Podemos destacar o aumento de massa muscular, força, e potencia; melhora da composição corporal e dos níveis de colesterol; redução dos marcadores de estresse oxidativo, problema desencadeado pela ação danosa dos radicais livres; combate à diabetes, hipertensão, osteoporose e Alzheimer", destaca Silva.
Cohen, por sua vez, atesta que a rotina ativa previne a sarcopenia, ou seja, a perda de massa muscular natural do avançar da idade. "Além disso, acentua o equilíbrio e a propriocepção, o que é essencial para evitar quedas, melhora a saúde cardiovascular e respiratória, trabalha a autonomia e ajuda no controle de peso", exemplifica. Os ganhos à saúde mental também estão inclusos, como o alívio da depressão e da ansiedade.