Preta Gil tem sepse durante tratamento de câncer; entenda

Cantora foi ao hospital com desidratação e no dia seguinte sofreu uma sepse, o que fez com que interrompesse o tratamento de câncer

18 abr 2023 - 17h02

Preta Gil tem usado as redes sociais para compartilhar com os fãs as etapas do seu tratamento contra o adenocarcinoma, um tipo de câncer de intestino. Na última segunda-feira (17), a artista publicou um vídeo em seu Instagram em que conta ter sofrido uma septicemia, ou sepse — a principal causa de morte nas UTIs.

Preta Gil tem sepse durante tratamento de câncer; entenda -
Preta Gil tem sepse durante tratamento de câncer; entenda -
Foto: Reprodução Instagram (@pretagil) / Saúde em Dia

Ela conta que começou a se sentir mal no dia 22 de março e foi ao hospital com um quadro inicial de desidratação. No dia seguinte, a cantora sofreu um choque séptico devido a uma bactéria que se instalou no cateter que ela usava. 

Publicidade

Preta também relatou que a sepse lhe causou algumas sequelas, como um problema no pulmão, que já está em tratamento. Além disso, a sepse também interrompeu seu tratamento oncológico. No entanto, a rotina de cuidados deve retornar nas próximas duas semanas, como a artista contou em vídeo.

O que é a sepse?

O choque séptico é uma condição clínica de urgência que precisa ter intervenção médica o mais breve possível, destaca o médico intensivista e cirurgião geral pelo SUS de SP, Dr. Anderson Oliveira. Segundo ele, é mais comum ocorrer em pacientes imunocomprometidos, como aqueles que estão internados ou em uso de quimioterápicos, como é o caso de Preta Gil.

"Os fatores etiológicos são geralmente microrganismos oportunistas como vírus e em bactérias. A porta de entrada pode ser através de cateteres venosos ou vesical, entretanto quaisquer outros dispositivos podem ser porta de entrada para microorganismos", alerta o médico.

Sintomas

De acordo com o Dr. Anderson, os pacientes com sepse podem apresentar:

Publicidade
  • Hipotensão arterial, o que causa tontura, palidez e sensação de desmaio;
  • Taquicardia, geralmente em status compensatório (estímulos acontecem para tentar compensar a queda da pressão arterial);
  • Febre;
  • Má perfusão periférica.

Tratamento

O tratamento consiste em internação imediata, monitorização, hidratação, antibioticoterapia endovenosa e exames laboratoriais seriados, incluindo culturas, aponta o cirurgião geral. "Se não forem tomadas medidas de urgência podem ocorrer falência múltiplas de órgãos e óbito. Por isso é tão importante atentar-se aos sinais de alerta", adverte.

Fique por dentro das principais notícias
Ativar notificações