A foto mostra o horizonte na cidade de São Paulo no fim, da tarde de 19 de agosto, quando vários bairros registraram qualidade do ar ruim e até muito ruim, que é a segundo pior classificação indicativa da qualidade do ar na capital paulista. A escala definida pela Cetesb indica qualidade do ar boa, moderada, ruim, muito ruim e péssima para a medição de vários tipos de poluentes.
Nesta terça, 20 de agosto, a qualidade do ar foi considerada novamente muito ruim por causa do excesso de material particulado fino (mp2,5) e de ozônio (O3).
Apenas 23 dias com chuva e 5 meses
A passagem de uma forte frente fria por volta do dia 10 de agosto, provocou 43,8 mm sobre São Paulo, superando a média histórica para agosto, que é de 32 mm. Isso não evitou que a qualidade do ar ficasse muito ruim e nem que a umidade do ar baixasse para níveis críticos, abaixo dos 20%. O problema é que a precipitação volumosa ocorreu em apenas 1 dia e este padrão vem se repetindo desde abril: raros dias de chuva e quase sempre fraca.
São Paulo teve 23 dias de chuva em 5 meses ou em 143 dias, do início de abril até 20 de agosto de 2024.
abril: 7 dias com alguma chuva / em 30 dias
maio: 5/31
junho 0/30
julho: 2/31
ago: 2/20
Quando a Grande SP vai voltar a respirar um ar menos sujo?
A chuva e o vento são os faxineiros da atmosfera, mas é preciso que chova e vente com pelo menos moderada intensidade para que a limpeza do ar aconteça. Não vale chuvisco e brisa.
Essa chuva "de verdade" só deve ocorrer no próximo fim de semana, quando uma nova e forte frente fria passar pelo estado de São Paulo. Até a sexta-feira, 23 de agosto, a Grande SP vai continuar na secura e no calorão atípico para esta época do ano.
Virada radical de umidade e de temperatura
É preciso começar a se preparar para o novo choque térmico no fim da semana. Na sexta-feira, 23 de agosto, a cidade de São Paulo ainda deve sentir calor de até 32°C, mas no sábado, 24, a temperatura máxima do dia não deve passar dos 22°C. E o domingo promete ser gelado e chuvoso com menos de 10°C na madrugada.