Quando a infecção urinária pode matar? Descubra os sinais

Caso de criança que morreu na Inglaterra depois de contaminação generalizada acendeu alerta sobre os riscos da doença; entenda mais

11 abr 2023 - 16h36
(atualizado às 16h56)
Evie Crandle teve um caso de sepse e morreu
Evie Crandle teve um caso de sepse e morreu
Foto: Reprodução/LiverpoolEcho

Incômodo ou alteração da cor da urina, dor nas costas, febre... quem já passou por um quadro de infecção urinária sabe identificar os primeiros sintomas logo de cara. Quando tratada adequadamente, a doença não costuma evoluir com rapidez.

Mas é preciso ter atenção: em casos  graves, a infecção urinária pode evoluir para outras partes do corpo e levar à morte.

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Foi o que aconteceu com a bebê Evie Crandle, de 1 ano e 3 meses. Médicos encaminharam a criança para casa depois de um diagnóstico errado e superficial, afirmando que o quadro da infecção urinária era leve e que poderia ser tratado em domicílio, com prescrição de analgésico e antitérmico.

Na verdade, a infecção já estava generalizada, em um quadro de sepse. Por causa do diagnóstico errado, a bebê faleceu em abril de 2018. O caso aconteceu na Inglaterra, e recentemente os pais da criança, Sam e Phil, vieram a público contar a história e pedir atenção para o tratamento adequado da doença.

"É importante para o maior número possível de pessoas conhecer os sinais da doença", disse Sam, pai de Evie, em entrevista ao jornal "Liverpool Echo". Um inquérito policial averiguou que os profissionais do hospital, que fica em St Helen’s Merseyside, na Inglaterra, poderiam ter evitado a morte do bebê caso detectando a gravidade do quadro. 

Quando a infecção urinária pode matar?

De acordo com o médico ginecologista Wagner Hernandez, é preciso ficar atento com a evolução da doença. “Geralmente a infecção urinária pode levar à morte em casos que evoluem. Quando, não tratada, a contaminação que estava na bexiga vai parar nos rins, no que chamamos de pielonefrite; em casos mais graves, pode virar sepse, que é o quadro generalizado", explica.

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Em crianças, os sintomas da gravidade do quadro não são sempre típicos – por isso os pais devem ficar atentos aos sinais, como presença contínua de febre. Já em adultos, o alarme deve ser acendido quando há alteração de frequência cardíaca, queda na pressão, e outros sinais de instabilidade do corpo decorrentes da infecção somados aos sintomas comuns da infecção.

Mais comum em mulher

O especialista ressalta que as infecções urinárias são mais comuns em mulheres por causa da anatomia corporal das mesmas, que apresentam uretra mais curta do que a masculina. "Algumas mulheres, aliás, têm a tendência de apresentarem quadros de infecção urinária de repetição e por isso elas devem sempre ficar mais alerta em relação à doença", pontua Wagner.

Ao apresentar algum dos sintomas clássicos da infecção:

  • Dsconforto ao urinar;
  • Sensação que a bexiga continua cheia ainda que o paciente tenha acabado de fazer xixi;
  • Nocturia (urinar com frequência durante a noite);
  • Dor na lombar -- é importante consultar o seu médico. 

Como tratar a infecção

Em quadros em que a infecção urinária está localizada apenas na bexiga (cistite), o ideal é que o paciente faça exames para investigar qual a origem do agente que causou a contaminação – qual a origem da bactéria na maioria das vezes -- para fazer tratamento medicamentoso adequado.

Em casos de infecção grave, muitas vezes é necessário o uso de medicação intravenosa ou até mesmo internação, para conter o avanço da doença. 

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Fonte: Redação Terra Você
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