Quando o esquecimento é normal e quando pode ser sinal de Alzheimer?

Especialista destaca diferenças entre os sintomas para você saber se precisa de ajuda médica

18 mar 2024 - 05h00
Resumo
Existem alguns sinais comuns de esquecimento que podem ser considerados normais com o envelhecimento, mas alguns fatores de risco associados ao desenvolvimento de Alzheimer podem indicar algo mais sério. Algumas estratégias podem ajudar na saúde cognitiva e prevenir o declínio associado à doença.
Foto: iStock

Ansiedade, estresse, falta de sono e até mesmo o envelhecimento natural do cérebro podem ser fatores causadores de esquecimentos cotidianos, como não lembrar em qual lugar deixou uma chave ou se fechou as janelas antes de sair de casa. Porém, em alguns casos, a perda de memória pode indicar algo mais sério, como a doença de Alzheimer.

Para entender essa diferença fundamental na identificação precoce de problemas de saúde cerebral, o Terra conversou com Simone de Paula Pessoa Lima, médica geriatra da Saúde no Lar.  

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A especialista conta que existem alguns sinais comuns de esquecimento que podem ser considerados normais devido ao envelhecimento, como por exemplo: 

  • Esquecer nomes de pessoas que são conhecidas menos frequentemente;
  • Esquecer partes de uma experiência passada;
  • Ter dificuldades ocasionais em encontrar palavras certas;
  • Fazer escolhas erradas de vez em quando;
  • Esquecer onde objetos foram deixados, como chaves ou óculos, especialmente se o indivíduo não tem uma rotina para guardá-los.

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Porém, se esses esquecimentos forem acompanhados de fatores de risco associados ao desenvolvimento de Alzheimer, é preciso ficar atento e buscar ajuda médica o quanto antes. A médica explica que o risco de desenvolver a doença aumenta significativamente após os 65 anos, mas se o Alzheimer for genético, ele pode ter manifestação precoce abaixo dos 60 anos.

Fatores de estilo de vida e saúde cardiovascular, hipertensão, diabetes, obesidade, fumo e sedentarismo também podem aumentar o risco de desenvolvimento da doença. Entre os principais sintomas do Alzheimer que diferenciam o esquecimento normal, estão:

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  • Esquecer informações recentes ou eventos importantes, de forma que afeta a vida cotidiana;
  • Dificuldades sérias em realizar tarefas e atividades que requerem planejamento, solução de problemas e pensamento abstrato;
  • Mudanças de humor e de personalidade, como aumento da irritabilidade, confusão e apatia;
  • Problemas de linguagem, como dificuldades em formar frases completas ou em compreender palavras;
  • Desorientação no tempo e no espaço, como não saber que dia é ou se perder em locais familiares.

Simone de Paula destaca a importância de buscar avaliação médica quando o esquecimento se torna preocupante. O diagnóstico precoce pode ajudar a gerenciar melhor a condição, retardar a progressão da doença e melhorar a qualidade de vida.

Foto: iStock

“O diagnóstico permite a identificação de condições tratáveis que podem estar causando os sintomas de esquecimento e proporciona uma oportunidade para o paciente e a família planejarem o futuro, considerando assistência médica, viver com assistência e outras decisões importantes”, diz a geriatra.

Algumas estratégias e atividades podem ajudar a manter a saúde cognitiva e prevenir o declínio associado ao Alzheimer, entre elas se destacam:

  • Manter-se fisicamente ativo com exercícios regulares;
  • Seguir uma dieta balanceada rica em frutas, vegetais, grãos integrais e peixes;
  • Manter a mente ativa com atividades como leitura, palavras-cruzadas, ou aprender algo novo;
  • Manter um bom sono e gerenciar o estresse;
  • Estabelecer e manter conexões sociais para evitar o isolamento;
  • Controlar condições de saúde que podem afetar a função cerebral, como diabetes, hipertensão e colesterol alto.
Fonte: Redação Terra Você
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