Quedas em idosos: entenda os riscos nesta fase da vida

Especialista alerta sobre as complicações e a importância de prevenir

29 nov 2024 - 17h16

Com o aumento da expectativa de vida, o processo de envelhecimento da população implica em um crescimento expressivo de casos de fraturas entres idosos. As mais frequentes acometem regiões importantes para a locomoção independente, como quadril e joelho, impactando na qualidade de vida da terceira idade. 

Adotar ações de prevenção para reduzir os riscos de queda é um cuidado importante para preservar a saúde dos idosos / Foto: Shutterstock
Adotar ações de prevenção para reduzir os riscos de queda é um cuidado importante para preservar a saúde dos idosos / Foto: Shutterstock
Foto: Saúde em Dia

De acordo com dados do Datasus, o primeiro bimestre de 2024 registrou mais de 17 mil atendimentos hospitalares e 9 mil atendimentos ambulatoriais que se relacionavam a quedas de idosos entre 60 e 110 anos. Os números são um alerta para a recorrência dos casos, e convidam a comunidade a atentar-se aos cuidados com este público.

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O ortopedista Isaías Chaves explica que a osteoporose é um dos fatores que apresenta maior influência nesse contexto. "A osteoporose, que fragiliza os ossos, é três vezes mais comum em mulheres e está diretamente associada ao aumento das fraturas em idosos. Quando combinamos isso com a maior propensão a quedas, os riscos se multiplicam."

Vulnerabilidade dos idosos a fraturas

As fraturas de quadril em idosos, no geral, resultam de quedas simples que se originam em uma combinação de fatores. Confira os principais abaixo. 

  • Falta de equilíbrio: o envelhecimento promove uma redução na agilidade e na coordenação motora, tornando os idosos mais propensos a caírem. 
  • Prejuízos na visão: a baixa visão dificulta a percepção de obstáculos.
  • Fragilidade óssea: o consumo ósseo se sobressai a produção por volta dos 65 anos, especialmente em mulheres devido a alterações hormonais.

"As fraturas no quadril são as mais graves e podem ser devastadoras. Estima-se que metade dos idosos que sofrem esse tipo de fratura não consegue recuperar sua independência", alerta o especialista.

Sinais de alerta

O ortopedista ainda destaca os sinais mais comuns de fraturas no quadril. A partir da apresentação de algum desses sintomas, se indica buscar uma avaliação profissional imediata. Dessa forma, é possível identificar o dano e tratá-lo, reduzindo complicações e ampliando as chances de recuperação. 

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  • Dor súbita e intensa na região
  • Impossibilidade de caminhar
  • Encurtamento ou rotação externa do membro afetado

Prevenção

Com o intuito de reduzir os riscos de fraturas, a prevenção é o caminho mais eficaz. Para isso, alguns cuidados são fundamentais. 

  • Cuide da osteoporose: a identificação e tratamento da osteoporose é essencial para evitar grandes danos em casos de quedas. Por isso, se indica adotar uma dieta rica em cálcio e vitamina D junto a exercícios regulares.
  • Adapte o ambiente: mudanças simples são importantes para evitar acidentes. É o caso de retirada de tapetes soltos, instalação de barras de apoio e melhora da iluminação. 
  • Utilize calçados corretos: usar calçados com solado antiderrapante ajuda a evitar escorregões.
  • Faça fisioterapia preventiva: a fisioterapia auxilia na melhora do equilíbrio, da força muscular e da mobilidade, reduzindo as chances de queda.
  • Monitore regularmente: consultar periodicamente ajuda na identificação de outros fatores de risco, como a hipertensão. 

Diagnóstico e tratamento das fraturas

O diagnóstico de uma fratura no quadril acontece a partir de sua confirmação pelo raio-X. Porém, em determinados casos, exames como a ressonância magnética e a tomografia podem ser aliados para definir melhores opções de tratamento. 

Segundo o Dr. Isaías, o tratamento cirúrgico é fundamental na maior parte dos casos. "Uma fratura de quadril dificilmente cicatriza sozinha. O tratamento cirúrgico é a melhor alternativa para aliviar a dor, restabelecer a funcionalidade do membro e prevenir complicações decorrentes da imobilidade, como trombose e infecções."

Quando ocorrem fraturas mais graves, também pode ser necessário colocar próteses de quadril. "A prótese parcial é uma opção que substitui apenas a cabeça do fêmur, enquanto a prótese total substitui tanto a cabeça do fêmur quanto o acetábulo, que é a cavidade do quadril," explica o ortopedista.

O especialista esclarece que essa abordagem permite ao paciente um processo de recuperação mais rápido, além de proporcionar menos dor e maior independência funcional. Nesse sentido, as próteses podem ser boas opções para proporcionar autonomia e qualidade de vida para os idosos vítimas de fraturas.

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Além disso, a reabilitação posterior à colocação de prótese é essencial. Isso porque a fisioterapia acelera a recuperação, garantindo o retorno às atividades diárias com segurança. "A prótese, aliada a uma boa reabilitação, pode devolver ao paciente sua qualidade de vida e dignidade," finaliza o médico.

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