A reeducação alimentar e a dieta são duas abordagens diferentes para alcançar um mesmo objetivo: o emagrecimento. Mas, para perder peso de maneira saudável e sustentável, a reeducação é o caminho certo. Isso porque as dietas frequentemente proporcionam uma série de restrições. Então, mesmo que ofereçam resultados rápidos, eles são difíceis de manter a longo prazo.
"Infelizmente, a grande maioria das dietas não ensina as pessoas a comerem corretamente, apenas sugere cortar alguns alimentos durante certo período. O que faz com que, na maioria das vezes, não saibam o que devem comer quando a dieta acaba", destaca Matheus Motta, nutricionista responsável pelo programa VigilantesdoPeso no Brasil.
Já a reeducação alimentar, por outro lado, é um processo gradual e contínuo de mudança de hábitos alimentares. Neste caso, o objetivo principal é promover uma alimentação mais equilibrada e saudável.
Por que se reeducar em relação à comida?
Para Matheus, esse processo vai além do emagrecimento. "[A reeducação alimentar] promove a saúde, auxiliando na prevenção de doenças relacionadas à alimentação, como obesidade, diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares", afirma. Portanto, muito mais do que propor uma mudança temporária na alimentação, o ideal é ensinar a fazer escolhas conscientes e saudáveis em relação aos alimentos, sem restringir grupos alimentares inteiros ou contar calorias.
Isso está associado à inserção de novos hábitos na rotina. É o caso, por exemplo, do controle das porções, a mastigação adequada e a prática regular de atividade física. Todas essas atitudes, promovem uma mudança no estilo de vida, levando a uma perda de peso mais sustentável e duradoura.
Adotar hábitos saudáveis requer mudanças de comportamento, como consumir mais alimentos frescos e naturais, ao invés de processados e industrializados, planejar as refeições com antecedência, fazer escolhas inteligentes e manter-se devidamente hidratado. Outro ponto essencial é aprender a escutar as necessidades do próprio corpo e a identificar os sinais de fome e saciedade.
Vale lembrar ainda que cada pessoa é única, por isso, para aderir a um plano alimentar seguro, é fundamental buscar orientação adequada e qualificada, ressalta o nutricionista.