Um estudo, publicado no New England Journal of Medicine, na última quarta-feira (3), aponta que o remédio lixisenatida pode ajudar a reduzir a progressão do mal de Parkinson. O medicamento tem propriedades semelhantes às do Ozempic. Ambos são usados para tratar pacientes com diabetes e mais recentemente obesidade.
A pesquisa está na fase 2 e foi aplicada durante 12 meses em 156 pacientes com Parkinson. Metade tomou o remédio, enquanto a outra metade tomou placebo. Os sintomas de Parkinson em quem ingeriu o remédio não pioraram, durante o período. O mesmo não aconteceu para os participantes que tomaram placebo. A pontuação dos pacientes no grupo de controle aumentou três pontos em uma escala que avalia a gravidade da doença.
O resultado é considerado um avanço no combate aos sintomas da doença degenerativa que piora gradualmente a coordenação motora. “Este é o primeiro ensaio clínico multicêntrico em grande escala que fornece os sinais de eficácia que têm sido procurados há tantos anos”, disse o pesquisador de Parkinson no Hospital Universitário de Toulouse, Olivier Rascol, à Nature Portfolio.
Apesar dos resultados preliminares serem positivos, os pesquisadores identificaram que houve efeitos secundários gastrointestinais e também náusea. "São necessários ensaios mais longos e maiores para determinar os efeitos e a segurança da lixisenatida em pessoas com doença", diz o estudo. Além disso, especialistas apontam uma necessidade de entender os impactos do medicamento a longo prazo