Rio Grande do Sul tem mais de 800 casos suspeitos de leptospirose; 4 mortes foram confirmadas

Além das mortes confirmadas, estado tem mais quatro óbitos em investigação

25 mai 2024 - 08h54
(atualizado às 14h54)
Equipes de resgate evacuam moradores de área atingida por enchente no bairro Cavalhada, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul (23/05/2024)
Equipes de resgate evacuam moradores de área atingida por enchente no bairro Cavalhada, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul (23/05/2024)
Foto: REUERS/Diego vara

O Laboratório Central do Estado do Rio Grande do Sul (Lacen/RS) está analisando mais de 800 amostras de casos suspeitos de leptospirose. Até o momento, já são 1.072 notificações e 54 casos confirmados da doença. Além disso, o Estado contabiliza quatro casos de mortes e outros quatro óbitos em investigação.  

Vinculado à Secretaria da Saúde (SES), o serviço do Lacen acompanha o crescimento no número de ocorrências devido ao grande período de cheias e ao aumento da exposição à doença pela população. O laboratório dispõe de dois diagnósticos: o de biologia molecular (RT-PCR) e o diagnóstico sorológico. Ambas testagens são feitas de forma gratuita.

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“A realização dos exames está disponível para todos os casos considerados suspeitos e que tiveram exposição à enchente, e de forma gratuita”, ressalta a chefe do Lacen/RS, Loeci Natalina Timm. A instituição está operando de forma integral e recebe amostras das 7h às 19h.

O método RT-PCR detecta a bactéria presente no organismo do paciente e é recomendado para amostras coletadas nos primeiros sete dias de sintomas. 

Já o diagnóstico sorológico detecta o anticorpo produzido pelo organismo do paciente em resposta à infecção causada pela bactéria Leptospira. A reação sorológica é a opção de escolha para análise das amostras de pacientes que apresentam sintomas há sete dias ou mais.

Leptospirose  

A leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda e transmitida a partir da exposição direta ou indireta à urina de animais (principalmente ratos) infectados. O contágio pode ocorrer a partir da pele com lesões ou mesmo em pele íntegra, se imersa por longos períodos em água contaminada, além de por meio de mucosas.

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O período para o surgimento dos sintomas pode variar de um a 30 dias. Os principais sintomas são: febre, dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo (em especial, na panturrilha) e calafrios.

Ao apresentar os sintomas, a recomendação é procurar um serviço de saúde e relatar a exposição de risco. O uso do antibiótico, conforme orientação médica, está indicado em qualquer período da doença, mas sua eficácia costuma ser maior na primeira semana do início dos sintomas. Não é necessário aguardar o diagnóstico laboratorial para o início do tratamento. 

Fonte: Redação Terra
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