Risco de infarto é maior em diabéticos, aponta Sociedade Brasileira de Diabetes

Levantamento revela que os diabéticos têm quatro vezes mais chances de sofrer um infarto

19 set 2022 - 08h07
(atualizado às 09h55)
Risco de infarto é maior em diabéticos, aponta SBD
Risco de infarto é maior em diabéticos, aponta SBD
Foto: Shutterstock / Saúde em Dia

A diabetes é um dos principais fatores de risco para as doenças cardiovasculares, como aponta a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). Dados divulgados pela entidade apontam que uma mulher diabética pode ter até 50% mais chances de sofrer um infarto do que outra sem a doença. Por outro lado, no caso dos homens diabéticos, o risco pode chegar a 40%.

Diabetes e infarto

A estimativa é de que 21,5 milhões de brasileiros sejam portadores de diabetes em 2030, de acordo com o Atlas da Diabetes da Federação Internacional de Diabetes (IDF). O número chama atenção para o potencial risco de cardiopatias, como o infarto do miocárdio.

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"A diabetes é causada pela produção insuficiente ou má absorção de insulina e o acúmulo de glicose no sangue, o que pode levar a lesões no coração. As plaquetas, células sanguíneas que iniciam a formação de coágulos no sangue, também ficam mais aderentes em pacientes com diabetes. Isso aumenta a probabilidade de obstrução nas artérias", explica a médica endocrinologista Denise Reis Franco.

A especialista reforça ainda que, se a pessoa apresentar outros fatores de risco, maiores as chances de surgir alguma doença cardiovascular. São exemplos a hipertensão, colesterol alto, obesidade, sedentarismo, tabagismo e o histórico familiar de casos de infarto agudo alinhado à diabetes.

Cuidado e prevenção

Alimentação balanceada e atividades físicas são os principais meios de prevenção da diabetes. Um estudo da Universidade Estadual Paulista (Unesp) mostrou que a pandemia contribuiu para o aumento do sedentarismo entre a população brasileira. Isso, por sua vez, pode gerar um aumento anual de mais 11,1 milhões de novos casos de diabetes tipo 2 e resultar em mais 1,7 milhão de mortes.

Uma vez adquirida, a doença não tem cura. Entretanto, é possível controlar os índices glicêmicos no sangue para ter qualidade de vida e evitar complicações. "Além dos hábitos saudáveis, é fundamental que o paciente faça um acompanhamento médico para melhor adesão a tratamentos e evitar que as taxas de glicemia aumentem. O que inclui o uso de insulina, quando necessário", finaliza a especialista.

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