Rotavírus, que afetou Wanessa Camargo e os filhos, pode até levar à morte

O vírus é responsável por causar diarreia grave em crianças menores de 5 anos; veja como cuidar e se prevenir

27 mai 2024 - 14h26
Resumo
Wanessa Camargo e seus filhos José Marcus e João Francisco foram infectados pelo rotavírus, doença diarreica aguda transmitida por contato pessoa a pessoa, com os alimentos e ou água contaminados, com sintomas que incluem vômitos, diarreia, febre alta e risco de desidratação.

Wanessa Camargo usou seu perfil no Instagram na última quinta-feira (23), para contar aos fãs que ela e os dois filhos, José Marcus, de 12 anos, e João Francisco, de 9, foram infectados pelo rotavírus

“É muito pesado. Meu filho mais velho ficou com rotavírus. Não sei se vocês conhecem, o rotavírus é muito pesado. É muita diarreia, tem um risco grande de desidratação. Depois o João pegou, depois eu”, disse a cantora nos Stories. 

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Wanessa Camargo e os dois filhos, José Marcus, de 12 anos, e João Francisco, de 9, foram infectados pelo rotavírus.
Wanessa Camargo e os dois filhos, José Marcus, de 12 anos, e João Francisco, de 9, foram infectados pelo rotavírus.
Foto: Reprodução/Instagram/@wanessa

A filha de Zezé di Camargo também contou que ficou assustada com a rapidez da desidratação causada pela doença. "Estou aqui no finalzinho, consegui levantar hoje. Passei os últimos dias meio estranha, dá uma fraqueza gigante. Não tem muito o que fazer, tem que esperar o vírus sair. Pro José foi 5 dias, pro João 4, comigo foram 3 dias. Dá vontade de arrancar qualquer mal-estar que eles estejam sentindo", afirmou ela.

Wanessa também aproveitou para recomendar que seus seguidores "tomem muito cuidado com as crianças pequenas, com idosos também", além de "sempre lavar bastante as mãos e alimentos, se cuidem, hidratem muito", aconselhou a ex-BBB.

De acordo com o Ministério da Saúde, o rotavírus é um dos principais agentes virais causadores das doenças diarreicas agudas (DDA) e uma das mais importantes causas de diarreia grave em crianças menores de cinco anos no mundo, particularmente nos países em desenvolvimento. 

Pessoas de todas as idades são suscetíveis à infecção por rotavírus, no entanto, a gastroenterite, ou seja, a manifestação clínica, é mais prevalente em crianças menores de cinco anos. 

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Sintomas

Os sinais e sintomas clássicos do rotavírus, principalmente na faixa etária dos seis meses aos dois anos, são as ocorrências repentinas de vômitos. Na maioria das vezes, também podem aparecer, junto com os vômitos, diarreia com aspecto aquoso, gorduroso e explosivo, além de febre alta.

Os sinais também podem ocorrer de formas leves e subclínicas nos adultos e formas assintomáticas na fase neonatal e durante os quatro primeiros meses de vida. 

Nas formas graves, o rotavírus pode provocar desidratação, febre e até mesmo levar à morte.

Wanessa Camargo e os filhos foram infectados pelo rotavírus
Foto: Reprodução/Instagram/@wanessa

Transmissão

O rotavírus é transmitido por via fecal-oral, ou seja, contato pessoa a pessoa, ingestão de água e alimentos contaminados, contato com objetos contaminados, e propagação aérea por aerossóis.

Ele é encontrado em altas concentrações nas fezes de crianças infectadas. O período de incubação - o intervalo entre a data do primeiro contato com o vírus até o início dos sintomas da doença - é de dois dias, em média. 

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Quanto à transmissibilidade viral máxima acontece nos 3º e 4º dias a partir dos primeiros sintomas. Apesar disso, é possível detectar rotavírus nas fezes de pacientes mesmo após a completa resolução da diarreia.

Diagnóstico

O diagnóstico de rotavírus nos serviços públicos de saúde ocorre a partir da coleta da amostra de fezes frescas (in natura), em torno de 5 a 10 ml, sem conservantes. 

Diante da suspeita de rotavírus, deve ser realizado o diagnóstico diferencial considerando-se todos os microrganismos capazes de causar doenças diarreicas agudas. O Ministério da Saúde recomenda a coleta simultânea de amostras de fezes para análise viral, bacteriana e parasitológica.

Segundo a pasta, o desenvolvimento de imunoensaios, testes de látex e eletroforese tornaram o diagnóstico do rotavírus viável em todo o mundo, por serem rápidos, sensíveis, específicos, baratos e fáceis de executar em laboratórios mais simples. 

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Tratamento

Como o rotavírus geralmente é autolimitado, a Saúde recomenda o tratamento por meio da reposição de líquidos e minerais, para prevenir ou corrigir a desidratação, e manejo nutricional adequado. 

A pasta destaca que não é recomendado o uso de antimicrobianos, antidiarreicos e antieméticos.

Prevenção

Algumas medidas podem prevenir a infecção por rotavírus, como a administração da vacina para rotavírus humano G1P1[8] (atenuada) em crianças menores de seis meses. O esquema de vacinação é de duas doses exclusivamente por via oral, sendo a primeira aos 2 meses e a segunda aos 4 meses de idade com intervalo mínimo de 30 dias entre as doses. 

A vacina é contraindicada nos seguintes casos:

  • Imunodeficiência;
  • Uso de imunossupressores ou quimioterápicos;
  • História de doença gastrointestinal crônica;
  • Malformação congênita do trato digestivo não corrigida;
  • História prévia de invaginação intestinal;
  • História de hipersensibilidade a qualquer componente da vacina.

Outras ações de prevenção recomendadas pelo Ministério da Saúde incluem práticas de higiene e consumo adequado de alimentos, tais como:

  • Lavar sempre as mãos antes e depois de utilizar o banheiro, trocar fraldas, manipular/preparar os alimentos, amamentar, tocar em animais;
  • Lavar e desinfetar as superfícies, utensílios e equipamentos usados na preparação de alimentos;
  • Proteger os alimentos e as áreas da cozinha contra insetos, animais de estimação e outros animais (guardar os alimentos em recipientes fechados);
  • Guardar a água tratada em vasilhas limpas e de boca estreita para evitar a recontaminação;
  • Não utilizar água de riachos, rios, cacimbas ou poços contaminados;
  • Ensacar e manter a tampa do lixo sempre fechada. Quando não houver coleta de lixo, este deve ser enterrado;
  • Usar sempre a privada, mas se isso não for possível, enterrar as fezes sempre longe dos cursos de água;
  • Manter o aleitamento materno (aumenta a resistência das crianças contra as diarreias), evitando o desmame precoce.
Fonte: Redação Terra Você
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