Saiba quais são os gatilhos que resultam na enxaqueca

Especialista explica que com o tratamento correto é possível evitar a doença mesmo com os estímulos de final de ano

13 dez 2024 - 15h24

A temporada de final de ano é repleta de celebrações. Porém, para quem sofre com enxaqueca o período pode resultar na intensificação das crises. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 15% da população total é acometida pela condição, a qual impacta na qualidade de vida e no bem-estar dos indivíduos. Isso porque além de afetar a saúde física, a doença também possui diversos gatilhos que devem se intensificar com os eventos de fim de ano. 

A enxaqueca pode se intensificar com diversos gatilhos atrelados ao final de ano / Foto: Shutterstock
A enxaqueca pode se intensificar com diversos gatilhos atrelados ao final de ano / Foto: Shutterstock
Foto: Saúde em Dia

A enxaqueca é um tipo de dor de cabeça incapacitante que acomete pessoas predispostas geneticamente. A neurologista Thaís Villa, especialista no diagnóstico e tratamento da enxaqueca, também explica que a vivência de situações inevitáveis à época como o estresse, o calor e percorrer maiores distâncias são fatores que podem desencadear as crises da doença. Saiba mais sobre cada um deles abaixo. 

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Estresse

A exposição recorrente ao estresse faz com que pessoas que já convivem com a condição e, portanto, possuem o cérebro mais excitado, apresentem uma piora. Nesse sentido, é possível perceber a intensificação dos sintomas. Confira os principais e atente-se aos sinais frequentes. 

  • Fonofobia
  • Osmofobia
  • Aura
  • Dormência
  • Formigamento
  • Fraqueza de um lado do corpo
  • Dores no pescoço e ombros
  • Sensação de tontura ou vertigem
  • Zumbidos no ouvido
  • Náusea
  • Inchaço nas pálpebras
  • Lacrimejo nos olhos
  • Obstrução nasal
  • Dor facial
  • Bruxismo
  • Taquicardia
  • Pressão alta ou baixa
  • Mal-estar e cansaço
  • Dificuldade de concentração e de memória
  • Alterações bruscas de humor

Calor

As altas temperaturas e o tempo seco típicos da estação do verão também são agravantes que podem promover o aumento da recorrência das crises de enxaqueca.

Combinações como a luz do sol e a areia branca devem ser desconfortáveis para quem já convive com a condição, desencadeando a fotofobia, ou sensibilidade à luz. Nesses casos, a orientação é investir no uso de óculos de sol para proteger os olhos, tornando a experiência mais confortável.

Ademais, a desidratação também impacta na condição. Isso porque com o calor intenso é preciso aumentar o aporte hídrico para que o corpo realize suas funções plenamente. A especialista ressalta a necessidade de atentar-se ao consumo do líquido e investir em alimentos com maior porcentagem de água. 

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Cinetose

Com o aumento dos deslocamentos em virtude das comemorações do final do ano, percorrer maiores distâncias pode ser um gatilho para as crises. Isso porque a cinetose, conhecida como mal do movimento, também é um sintoma comum da doença.

Normalmente ela se manifesta já na infância, antes da dor de cabeça, sendo um sintoma precoce da enxaqueca. Tal condição culmina em náuseas, vômitos, palidez e mal-estar, resultantes da sensibilidade excessiva ao movimento. 

Tratamento da enxaqueca

A especialista ressalta que pessoas que sofrem com a enxaqueca devem procurar um neurologista para um diagnóstico e tratamento adequados. A doença é complexa e pode repercutir na vida do paciente de diversas outras maneiras, como a partir de complicações vasculares, alterações no sono, tendência à ansiedade e problemas cognitivos. 

"É crucial entender que, ao tratar a enxaqueca, esses gatilhos perdem a força e a chance de crise diminui, permitindo que você desfrute dos momentos de lazer e descanso", esclarece a neurologista.  

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"O tratamento integrado visa o controle dos sintomas e da doença e deve combinar terapias com medicamentos de ponta e ajustes no estilo de vida, com acompanhamento de uma equipe multiprofissional, oferecendo atendimento de forma individualizada com o objetivo de proporcionar bem-estar ao paciente por meio do controle da doença e dos sintomas que ela faz acontecer", finaliza a profissional.

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