Salmonella é bactéria responsável por doenças ligadas à ingestão de alimentos.
A Salmonella, além de ser responsável por doenças, a transmissão dela está, muitas vezes, ligada à ingestão de alimentos Nesse sentido, é interessante conhecer quais são as principais características dessa bactéria e os impactos que ela pode trazer em seu cotidiano. Assim, será possível se prevenir de maneira mais eficaz. Pensando nisso, neste conteúdo você verá 7 informações importantes sobre salmonella que precisa entender. Acompanhe a leitura!
1. O que é salmonella?
A salmonella é uma bactéria de fácil transmissão e que possui diversas variações. Ela é considerada um patógeno que causa preocupação diante da saúde da população de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), A bactéria foi a maior causadora de surtos de infecções alimentares entre os anos de 2000 e 2015. Apenas no Brasil, foram registrados 11.524 casos dessa natureza, segundo o Ministério da Saúde do país. Desse total, cerca de 14,4% foram causados por variados tipos de salmonella. O Ministério da Saúde ainda concluiu outro relatório em que afirma que 42,5% dos surtos de infecção alimentar, entre 1999 e 2009, foram causados por bactérias ligadas ao gênero salmonella. Contudo, é necessário ressaltar que, na vida cotidiana, nós só conhecemos o nome geral da doença e não as suas ramificações. Ou seja, existem diversos tipos e subespécies de salmonella.
2. Quais são os tipos de salmonella?
A bactéria da salmonella está classificada de duas formas: bongori e enterica. Essa segunda, inclusive, possui 6 variações significativas de subespécies. São elas:
- enterica;
- hutnae;
- arizonae;
- diarizonae;
- indica;
Das 6 já citadas, a enterica é a que causa uma maior preocupação em relação à saúde dos seres humanos e animais. Ela abriga sorovariedades diversas, como: Gallinarum, com os biovares Galliarum e Pullorum, Typhimurium, Enteritidis. A contaminação pode ocorrer por diversas fontes, como aves, carnes, ovos, leites, frutos do mar, frutas, legumes, água e pessoas com a bactéria. As fontes de contágio são inúmeras e podem vir de locais variados.
3. Quais doenças a salmonella pode causar?
As doenças causadas pela contaminação com salmonella podem ser severas, como: febre tifoide e não tifoide. A primeira sendo a mais severa e a segunda citada a de maior ocorrência no mundo. A febre tifoide é uma contaminação grave causada pelo consumo de alimentos e água que estejam contaminados com a patologia. Depois de infectado, o indivíduo passa a ser um fator de contaminação para as pessoas ao seu redor. A higienização insuficiente, a falta ou a precariedade no saneamento estão correlacionadas com a infecção. Ela possui uma maior taxa de óbitos, em comparação a salmonelose não tifoide. Por sua vez, a febre não tifoide pode ser contraída com a ingestão de comidas que estejam contaminadas com excrementos de animais. Os cenários mais comuns são com o consumo de ovos e carnes cruas ou mal passadas. A falta de higienização das mãos também é um fator preocupante. Como a febre tifoide, a salmonelose não tifoide também pode ser contraída pela ingestão ou contato com água que esteja com a contaminação. Por ser uma bactéria de fácil contaminação, as fontes de infecção podem ser diversas.
4. Quais os sintomas?
Existem muitos sintomas de doenças causadas pela salmonella, a depender do tipo de doença que o indivíduo está infectado. A seguir, você confere uma lista de sintomas da febre tifoide que pode te ajudar na identificação da enfermidade para que possa procurar um médico especialista:
- febre alta;
- dor de cabeça constante;
- diarreia;
- perda do apetite;
- manchas na pele com uma cor rosada;
- delírios;
- convulsões;
- indisposição.
A não tifoide divide determinados sintomas com a forma mais grave da infecção por salmonella. Os seus sintomas são: febre moderada, cansaço, dor abdominal, vômitos, diarreia, calafrios, perda de apetite e mal estar constante. Ademais, é necessário pontuar que as formas mais graves de manifestação da salmonella ocorrem em pessoas com uma maior sensibilidade no sistema imunológico. Ou seja, as crianças e pessoas idosas correm mais risco de contrair a mais severa. Também estão no grupo de risco pessoas que tenham o sistema imunológico comprometido por alguma enfermidade ou tratamento. Dessa forma, aquelas que vivem com HIV/Aids e transplantados devem ter o dobro de cuidado para evitar contrair a bactéria.
5. Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico da infecção é feito, principalmente, por meio de um estudo do histórico do paciente. Isto é, o médico levará em conta hábitos alimentares e tipos de alimentos consumidos. Somado ao histórico, também deverá ser feito um exame nas fezes ou vômito do indivíduo. Além disso, é possível que exista uma análise no alimento ou fonte de água que possa estar contaminada. Buscar um diagnóstico é essencial para identificar o agente de contaminação da bactéria salmonella. Com esse reconhecimento, é possível indicar tratamentos mais efetivos para combater a enfermidade de forma mais adequada. Essa etapa também se faz necessária para descartar outras possíveis doenças ou infecções. Tendo em vista que muitos compartilham sintomas com a contaminação por salmonella.
6. Como é feito o tratamento?
Uma vez confirmada a infecção pela bactéria, é importante informar a vigilância sanitária a respeito da fonte de contaminação. Ela pode ser o sinal inicial para um possível surto da infecção no estado ou no país em questão. Quando a doença é identificada, existem medidas que podem aliviar os sintomas do indivíduo que apresenta a enfermidade. A forma mais comum de contaminação, que é a samonelose não tifoide, não necessita de internação ou intervenções drásticas. Para a forma menos grave de manifestação da doença, geralmente, é recomendado que o tratamento seja feito na própria residência. As indicações são: hidratação, repouso e alimentação saudável e com precauções para evitar uma nova infecção. Em casos mais severos, com a perda de líquidos pela diarreia e vômito, pode ser necessária uma reposição de eletrólitos. No tratamento, é necessário focar na reposição de líquidos, ou seja, o consumo de água é indispensável. O uso de medicamentos também poderá ser feito, mas apenas em casos graves. O tratamento pode ser feito com o uso de antibióticos. Esse curso é indicado para os grupos de risco que possuem imunidade comprometida.
7. É possível evitar a transmissão?
A higiene e o cuidado são as palavras-chave para combater esse mal que é tão comum e que representa um risco à saúde pública. Mas existem algumas recomendações mais específicas que podem ser seguidas, confira:
- higienizar constante das mãos;
- preparar os alimentos de forma completa, evitando carnes e ovos crus;
- tomar cuidados especiais no caso do preparo de aves;
- lavar verduras e frutas, deixar em uma solução de hipoclorito ou mesmo uma colher de chá de água sanitária para cada litro de água;
- limpar bem os utensílios como talheres e panelas;
- priorizar o consumo de leite fervido ou pasteurizado;
- manter os ovos na geladeira e sair apenas para a sua utilização imediata;
- consumir apenas água tratada;
- ficar longe de locais com falta de saneamento básico.
Essas são medidas que podem ajudar na hora de evitar uma infecção por salmonella. E, apesar dos sintomas estarem listados neste artigo, não é indicado que se faça um autodiagnóstico. A identificação da doença deverá ser feita por um médico por meio de análise de histórico do paciente e exames. A contaminação por salmonella é séria e deve ser tratada como uma enfermidade que possui formas graves de manifestação.