A ancoragem esquelética é um conceito relativamente novo na odontologia, em que se usa um ponto fixo dentro da boca para facilitar a movimentação dos outros dentes. Funciona com quatro placas fixadas na base dos ossos do maxilar e da mandíbula. Elas fazem o papel de uma alavanca, pois o aparelho é preso a elas para remodelar a estrutura óssea, coisa que antes só era possível com cirurgia. Ou seja, a técnica potencializa o efeito do aparelho.
A grande vantagem desse conceito, que representa um dos maiores avanços no controle da movimentação ortodôntica, é que o profissional consegue controlar com mais precisão a movimentação dos dentes, sem precisar da colaboração do paciente nem comprometer a estética de seu sorriso. Com isso, o tratamento dura, em média, cerca de 10 meses.
Mini implantes
Os tratamentos com mini implantes – micro parafusos de titânio que são colocados entre as raízes dos dentes – servem para muitos problemas ortodônticos, como mordida cruzada, necessidade de se criar espaços entre os molares e intrusão (quando o dente precisa ser puxado de encontro a gengiva).
Hoje em dia, existem até mini implantes que tem a cabeça (parte que fica à mostra) na forma de um braquete, para facilitar que o elástico seja preso nele. O tamanho reduzido desses parafusos e sua colocação e remoção fácil, que precisa apenas de uma anestesia local e uma pequena incisão na gengiva feita no próprio consultório, fazem desse procedimento algo simples e inovador no mundo da ortodontia.
“Esses parafusos substituem com mais eficiência e agilidade aqueles antigos aparelhos extra-bucais que tinham uma haste metálica na frente e um elástico preso na nuca. Os mini implantes ligam diretamente um dente ao osso”, explica o cirurgião-dentista João Carlos Venâncio.