Muitas pessoas com halitose crônica se confundem ao pensar que usando métodos de prevenção vão se livrar da halitose. Segundo o presidente da Associação Brasileira de Halitose (ABHA), Marcos Moura, o que combate o mau hálito é um diagnóstico preciso feito por um profissional capacitado, seguido de tratamento e acompanhamento por no mínimo três meses. “Só assim que quem tem halitose crônica ficará livre do mal que atormenta mais de 30% da população brasileira”, diz.
Para quem ainda não sofre com a doença, ainda há tempo de prevenir. Mudanças de hábitos ajudam a enfrentar o problema. “Hábitos alimentares adequados, mastigar no mínimo 32 vezes, fazer higiene oral três vezes ao dia e atividade física regular, no mínimo três vezes por semana com duração de uma hora, ajudam a prevenir o mau hálito”, diz Ana Christina Kolbe, presidente da Associação Brasileira de Estudos e Pesquisa dos Odores da Boca – ABPO.
Conheça outras armas contra a halitose.
Limpador de língua
Para evitar o mau hálito é necessária a remoção da saburra lingual no dorso da língua, em especial no 1/3 posterior, a parte mais próxima da garganta. Justamente por sua localização, o uso da escova para esse fim causa ânsia e a higienização não é feita corretamente. A dimensão vertical dos raspadores, por serem menor que a da escova terá ação mais eficaz.
Água
Além da eliminação de bactérias, restos alimentares e células descamadas da boca, a ingestão de água tem ação direta na formação da saliva, que é composta por 99% de água. Deve-se ingerir no mínimo dois litros de água por dia.
Goma de mascar sem açúcar
Engana-se quem acha que o sabor e odor da goma de mascar elimina o mau hálito. Em 10 minutos mascando uma goma, ela perde todo seu odor e sabor e se a pessoa está com halitose, esse mau hálito persistirá. Em uma boca saudável e bem higienizada, a goma de mascar previne a halitose, porque estimula a salivação. Dê preferência às gomas sem açúcar e um pouco mais resistentes e bem azedinhas.
Alimentos certos
A alimentação deve ser balanceada. O excesso do consumo de proteínas causa mau hálito, já alimentos que deixam a boca úmida, estimulando a salivação, como as frutas cítricas, são recomendados.
Comer de três em três horas
Para evitar a eliminação de compostos orgânicos voláteis que saem pela respiração, deve-se evitar ficar mais de três horas sem se alimentar. O organismo irá queimar gordura para obtenção de energia e com isso ocorrerá a liberação desses compostos, o que causa halitose sistêmica – que não depende da saúde bucal. Quem faz regime e fica muito tempo sem se alimentar geralmente tem mau hálito.
Irrigador oral
Método que complementa a higienização, muito usado com quem usa aparelhos ortodônticos, mas que jamais irá substituir uma correta higiene bucal com escova, fio dental e raspador lingual.
Especialista em halitose
Como 90% das causas estão na boca, o dentista deve ser o primeiro profissional de escolha para diagnosticar a halitose. No caso, o dentista capacitado que deverá indicar outra especialidade, caso seja necessário. A ABHA, formada principalmente por dentistas capacitados em halitose, há 15 anos se dedica na formação desses profissionais.
Um amigo
Quer ajudar um amigo que tem halitose e não sabe como? Use o serviço gratuito e anônimo da Associação Brasileira de Halitose, o SOS MAU HÁLITO (www.abha.org.br/sosmauhalito). A ABHA,envia por carta ou email todas as orientações necessárias e de forma sigilosa.
9- Canela
Um recente estudo descobriu que a goma de mascar sabor canela pode possuir propriedades que combatem o mau hálito, diferentemente dos outros sabores que funcionam mais como uma máscara. Um ingrediente presente no saborizante aparentemente diminui os níveis de bactérias presentes na boca. O único problema é que chicletes açucarados não são bons para os dentes, logo, opte por chicletes de canela sem açúcar.
Pão
Se você está fazendo alguma das populares dietas low-carb (dietas com baixo consumo de carboidratos), o mau hálito tem grandes chances de ser um efeito colateral. As dietas que abusam das proteínas também são um risco. As bactérias que causam o mau hálito são chamadas de proteolíticas, ou seja, digerem essas proteínas e liberam moléculas de enxofre, o mau hálito.