Apesar de tanta fama e uma procura exagerada pelo clareamento dentário, esse procedimento ainda gera muitas dúvidas. Para ajudar a entender como ele funciona, se faz mal, quando é recomendado, entre outras coisas, a dentista Ana Carolina Martinez, da Sorridents, esclarece os dez maiores mitos e verdades na hora de branquear os dentes.
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Clareamento deixa os dentes sensíveis.
Parcialmente verdade. Realmente alguns pacientes podem apresentar sensibilidade durante ou após o tratamento. Às vezes a penetração do peróxido (um agente ativo do gel clareador) no tecido da polpa causa sua inflamação (a polpa é conhecida como “nervo” do dente). Ou ainda pode ocorrer a desidratação do dente por conta da sua exposição a uma temperatura elevada durante um longo período (procedimento comum do clareamento).
Cremes dentais funcionam como clareadores.
Mito. Os cremes dentais branqueadores possuem muito pouca quantidade de agentes ativos do clareamento dental. Mas, por serem abrasivos, removem manchas externas e dão a impressão de dentes mais brancos.
Clareamento enfraquece o dente.
Mito. O clareamento consiste em uma reação química. O gel clareador age no pigmento que ocasiona o escurecimento dental. Esse processo não é abrasivo e não afeta a estrutura dos dentes.
Durante o clareamento não pode ingerir bebidas e alimentos com corantes.
Verdade. Durante o tratamento clareador alguns alimentos, bebidas ou produtos devem ser evitados, pois podem interferir no resultado final do tratamento. A durabilidade da cor alcançada com o clareamento será reduzida se o paciente consumir excessivamente algumas bebidas como café ou chá preto ou ainda fumar.
Qualquer pessoa pode fazer clareamento.
Parcialmente verdade. Existem alguns casos em que o tratamento não é indicado como: em mulheres grávidas, crianças menores de 15 anos com o esmalte ainda não completamente formado, pessoa com implante, pacientes que apresentam doença periodontal e muitas restaurações, alérgico aos componentes da fórmula e pacientes com retração gengival.
Os dentes escurecem com o passar dos anos.
Verdade. O efeito do clareamento dental tem duração variada, mas na maioria das vezes a cor “satisfatória” pode ficar de um a três anos. Pessoas com uma exposição alta a agentes cromogénicos como o café e chá, por exemplo, necessitam de um tratamento de reforço a cada seis meses. Para pessoas que tem uma exposição menor às substâncias que causam manchas, esses retoques são menos frequentes.
Clareamentos caseiros não funcionam.
Mito. Não existem tratamentos mais ou menos eficazes. Na verdade, todos os tipos de clareamento seguem o mesmo princípio: a ação de um gel (peróxido de hidrogênio ou carbamida) em diferentes concentrações, que libera oxigênio que altera a cor do dente, através da oxidação causada nos pigmentos amarelados da dentina.
Qualquer pessoa pode ficar com os dentes brancos após um clareamento.
Parcialmente verdade. Isso vai depender da resposta biológica da estrutura dental de cada pessoa.
Receitas caseiras como bicarbonato de sódio, limão, água oxigenada e casca de laranja clareiam os dentes.
Mito. Estes produtos citados não possuem o potencial clareador. O bicarbonato de sódio é abrasivo e irá realizar apenas um polimento da superfície externa do dente (esmalte).
Clareamento provoca câncer.
Mito. Não há relatos nem evidências de que os agentes clareadores venham a provocar o câncer.