Indivíduos com inflamação na gengiva são duas vezes mais propensos a serem acometidos por uma doença coronariana do que aqueles com a boca saudável. Pesquisas mostram que bactérias da gengiva se deslocam pela corrente sanguínea e podem se alojar no coração, infeccionando a membrana da válvula, o que causa a endocardite bacteriana.
“Quanto mais grave a periodontite, maior o risco de problemas do coração. Especialistas alertam que o tratamento das doenças de gengiva pode reduzir o risco de doença cardíaca”, diz o especialista em Periodontia, Pedro Augusto Benatti, da Benatti Odontologia.
Doença silenciosa
Os estágios iniciais da periodontite podem passar despercebidos, pois a dor normalmente não é um sintoma. Ao se dar conta, a doença pode estar em um estágio avançado e crônico, com danos irreversíveis.
Até 30% da população podem ser geneticamente suscetíveis à periodontite. E aqueles que são geneticamente predispostos têm seis vezes maior probabilidade de desenvolverem algum tipo de doença gengival. “Se alguém na sua família tem doença de gengiva, pode significar uma maior propensão para você também”.
Para prevenir, além de uma boa escovação, o uso do fio dental é imprescindível, assim como as limpezas e profilaxias com o profissional periodicamente.
Sintomas
- Sangramento durante a escovação e no uso do fio dental;
- Gengiva inchada, vermelha e sensível;
- Aftas;
- Retração gengival que passa a impressão de dentes mais compridos;
- Dentes com mobilidade ou espaços entre eles;
- Mau hálito persistente;
- Pus e secreções entre os dentes e a gengiva;
- Pequeno movimento dos dentes ao fechar a boca;
- Abscessos.