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Saiba por que o mau hálito varia de pessoa para pessoa

O tipo de cheiro e a intensidade com que está sendo exalado variam e podem ser classificados em uma escala para tornar seu tratamento mais fácil

16 jan 2015 - 08h00
Existem duas formas de classificar o hálito de uma pessoa: segundo a escala da distância e segundo os resultados dos aparelhos que medem o enxofre presente na boca
Existem duas formas de classificar o hálito de uma pessoa: segundo a escala da distância e segundo os resultados dos aparelhos que medem o enxofre presente na boca
Foto: NAS CRETIVES / Shutterstock

Segundo Ana Cristina Zanchet Gomes, periodontista e especialista no diagnóstico e tratamento da halitose, da clínica Hálito Curitiba, existem duas formas de classificar o hálito de uma pessoa: segundo a escala da distância e segundo os resultados dos aparelhos que medem o enxofre presente na boca do paciente.   

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De acordo com a escala da distância (chamada de organoléptica), os índices vão de 0 a 4. Essa medição, certificada por estudos científicos, é feita pela capacidade de percepção olfativa da equipe que está fazendo o exame e é classificada da seguinte forma:

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0 = ausência de mau hálito

1 = odor natural de boca (não é considerado mau hálito)

2 = halitose da intimidade (sente-se leve odor a distância de 15 cm)

3 = halitose do interlocutor (sente-se o mau hálito ao conversar a distância de 50 cm)

4 = halitose social (sente-se o mau hálito a distância de 1 ou mais metros)  

Já os medidores de enxofre, como o Oralchroma, por exemplo, têm uma escala que vai de 1 a 7. “Pacientes com grau 1 são considerados com o hálito normal e pacientes com grau 7 possuem um altíssimo nível de gases presentes, o que indica que, além do problema bucal, ele tem outros problemas sistêmicos”, diz Alênio Calil, diretor da CETH (Centro de Excelência no Tratamento da Halitose)

O tipo do cheiro também pode variar

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O cheiro que é exalado da boca do paciente também pode variar de pessoa para pessoa, isso porque existem mais de 60 fatores causadores do mau hálito. Um ótimo exemplo é a halitose causada pelo uso de alguns antibióticos, sulfas e vitaminas do complexo B. “Esse tipo de mau hálito causa um odor do próprio medicamento e/ou seus metabólicos”, diz Ana Cristina. 

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Quando a pessoa está com diarreia ou gastroenterites também pode ter mau hálito. “Nesses casos, por causa da diarreia, a boca perde muita água facilitando a formação da saburra lingual, causando também um cheiro de esgoto na boca”, diz a especialista. 

Quem tem mau hálito por causa da diabetes, por exemplo, costuma apresentar um cheiro cetônico (mais ácido, semelhante ao cheiro de maçã velha). Mas esse efeito na boca causa um desequilíbrio hídrico, ocasionando a diminuição do fluxo salivar e consequentemente, a saburra, que como já foi falado, tem cheiro de esgoto.“Observa-se que, geralmente os fatores vêm juntos e os cheiros também ficam misturados e no final de tudo é cheiro ruim de qualquer jeito”, diz Ana Cristina. 

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Essas variações acontecem porque em cada pessoa a halitose se manifesta de uma forma. As causas podem ser por fatores diferentes, que exalam gases e cheiros diferentes, provenientes, às vezes, de partes do corpo diferentes. “A halitose é manifestada pela somatória de alguns ou vários fatores causadores e/ou potencializadores do mau hálito. De forma simples, podemos raciocinar que quanto mais desses fatores o portador tiver, maior o nível de halitose. É o somatório (em geral) que faz o mau hálito ficar pior”, diz Ana Cristina. 

Fonte: Agência Beta Este conteúdo é de propriedade intelectual do Terra e fica proibido o uso sem prévia autorização. Todos os direitos reservados.
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