A primeira vez que o bebê sorri é motivo de festa para os pais, mas muito se fala sobre essa expressão ser apenas um espasmo. Pesquisas recentes contradizem essa crença e estudam como o sorriso pode estar ligado ao desenvolvimento do bebê.
Em Londres, um pesquisador coletou quase 700 questionários e concluiu que os bebês sorriem em resposta a sensações prazerosas já a partir de um mês de idade. Entre dois e quatro meses, esses sorrisos já demonstram interação com os pais.
“Quando o bebê é bem novinho e sorri, ele demonstra que está sem fome, sem dor, sem calor, nem frio, ou seja, está absolutamente confortável”, diz a psicoterapeuta Miriam Barros.
Desenvolvimento
O sorriso e o contato visual são indícios de que a capacidade cognitiva da criança é boa. Segundo o Projeto Baby Laughter (risada de bebê), brincadeiras de esconder representam o aprendizado de que algo continua a existir mesmo quando você deixa de vê-lo. Como os bebês não sabem disso, e pensam que a pessoa desapareceu, o truque tem risada garantida. Quando um pouco mais velhas, a diversão fica por conta de esperar o adulto reaparecer.
A partir daí, é uma via de mão dupla, em que o riso da criança provoca o riso dos pais e a interação fica instalada. “As mães devem estimular o filho. É só colocar emoção no tom de voz, na expressão do rosto. É preciso tentar compreendê-lo e conversar com ele. Mesmo que ainda não entenda as palavras, o bebê capta o clima emocional que estão passando”, afirma Miriam.