O sono dos bebês nos remete a uma suavidade e tranquilidade que não combina com ronco, certo? Mas a verdade é que muitas vezes, os pequenos roncam como verdadeiros adultos. E ronco, seja em que idade, merece atenção, pois pode indicar um problema mais agudo. “Uma respiração ruidosa ou laboriosa mesmo que esporádica deve ser avaliada. Em situações agudas isto pode estar associado com uma infecção ou mesmo ser decorrente de uma alergia. Se persistente, traduz que a via aérea superior está causando uma passagem de ar turbulenta que é traduzida pelo ronco, neste caso deve ser investigado”, explica a neurologista e pediatra do Instituto do Sono, Márcia Pradella.

O ronco, seja em que idade, merece atenção, pois pode indicar um problema mais agudo
O ronco, seja em que idade, merece atenção, pois pode indicar um problema mais agudo
Foto: Shutterstock

Segundo ela, o ronco sempre traduz um problema, agudo ou crônico, que leva ao estreitamento da via aérea superior e, por isso, nunca deve ser considerado normal. “Nos bebês após os primeiros meses de vida, excepcionalmente, pode ocorrer um aumento da adenoide (conhecida como carne esponjosa) que pode ser a causa do estreitamento da via aérea superior e em consequência do ronco”, explica.

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Já para os nenéns que roncam desde que nasceram, é preciso atenção, pois este ronco pode traduzir um alteração congénita na laringe chamada laringomalácia, que normalmente se resolve com o amadurecimento do bebê . “O ronco faz com que a criança gaste muita energia porque precisa fazer força para respirar. Com isto, pode ter dificuldade para se alimentar porque precisa também respirar e não consegue fazer os dois adequadamente”, explica. O resultado pode ser o não ganho ou perda de peso, retardo na aquisição neuropsicomotora, e mais propensão a ter problemas de infecções.

Márcia lembra, ainda, que o ronco pode estar associado à apneia do sono, assim como ser o sintoma inicial de um refluxo-gastro-esofágico (irrita a laringe que fica edemaciada dificultando a passagem de ar), e estar relacionado, ainda, a pneumonias aspirativas do bebê.

Dicas

Aos pais, a especialista indica que é preciso observar alguns fatores no sono do bebê, como:

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-    Respiração ruidosa

-    Ronco e paradas da respiração 

-    Muita movimentação

-    Suor excessivo

-    Se o bebê fica pálido 

-    Se já teve episódios de cianose (ficou com os lábios ou a face arroxeados) 

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Fonte: Terra
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