Sedentarismo e sobrepeso afetam o desempenho escolar de crianças e adolescentes

Entenda como o excesso de peso pode gerar consequências no jeito que jovens estudam e conheça o projeto de uma professora que está colocando os alunos para se mexer

27 mai 2024 - 17h09
(atualizado às 18h43)
Entenda como a obesidade e o sedentarismo podem afetar o desempenho escolar
Entenda como a obesidade e o sedentarismo podem afetar o desempenho escolar
Foto: Getty Images/Soumen Hazra / Bons Fluidos

Você sabia que a obesidade e o sedentarismo podem atrapalhar o desempenho das crianças e de adolescentes na escola? Muitas vezes, um está ligado ao outro, já que pessoas que deixam de fazer exercício físico acabam engordando. E, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a taxa de obesidade infantil deve chegar a 75 milhões em todo o mundo até 2025. Sendo assim, estudos estão sendo desenvolvidos para entender e evitar este possível novo cenário.

A obesidade e o aprendizado

Em um estudo da Universidade de São Paulo (USP), a fonoaudióloga Patrícia Zuanetti decidiu testar dois grupos divididos entre crianças obesas e não obesas através de testes de leitura. A profissional chegou à conclusão de que as que estavam acima do peso tiveram dificuldades para ler, e as que estavam em seu peso ideal foram capazes de ler de forma mais adequada. "O excesso de peso causou prejuízos na atenção e na capacidade de alternar respostas e ações, de acordo com as exigências de estímulos", afirma a publicação

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O sedentarismo e o aprendizado

Pesquisadores norte-americanos fizeram uma publicação na revista científica Pediatric Exercise Science, mostrando como a realização de exercícios físicos está atrelada ao desempenho acadêmico em adolescentes. A queda da aptidão aeróbica estava diretamente ligada à piora do desempenho dos jovens.

Inspiração

Recentemente, o Globo Repórter mostrou uma professora de uma escola pública em Belém que está tentando melhorar a vida de seus alunos com a pausa ativa. Os alunos são estimulados a praticarem alguma atividade física na hora do recreio e dentro da sala de aula, além da aula de educação física.

"Vir para uma sala de aula e ficar 3, 4 horas só sentado não é legal, né? Então eu percebia que eu precisava fazer alguma coisa para deixar esses alunos mais ativos. Quando eu vi, eu estava conseguindo atingir alguns que estavam com um pouquinho de dificuldade na disciplina e não tinha uma certa concentração. Depois das atividades, eu percebi que isso melhorou", contou a professora Mel Lima ao G1, que também relatou ter presenciado um avanço dos alunos em relação à matemática.

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