Você já não é mais o mesmo de antes e sente uma falta de disposição mesmo em momentos divertidos. O sono está desregulado e já acorda cansado, com fadiga. A alimentação também está comprometida e você acaba comendo lanches rápidos por causa da rotina corrida. Sabia que comer ultraprocessados com frequência pode prejudicar sua saúde?
Raquel Teixeira, professora de nutrição, explica que os hábitos inapropriados podem acarretar sintomas imediatos ou impactos em longo prazo no organismo, o que varia de um simples desconforto até problemas mais sérios como o aparecimento de doenças crônicas (obesidade, diabetes, colesterol alto, pressão alta, doenças degenerativas, entre outras).
Segundo a especialista, os grandes vilões são os alimentos ultraprocessados. Quer saber quais? Nós listamos:
- Sorvetes;
- Balas e guloseimas;
- Bolos e misturas para bolo, sopas, macarrão e temperos instantâneos;
- Refrigerantes;
- Carne vermelha e industrializados.
O fast food também é um problema. Segundo a médica, eles estão relacionados às doenças como câncer e inflamações intestinais, problemas estomacais, doenças cardiovasculares e osteoporose. “Isso acontece devido a grande quantidade de aditivos, açúcar, sódio, gordura trans, aditivos (conservantes e corantes) adicionados nestes produtos”.
“As doenças não surgem de uma hora pra outra. Se a pessoa passa anos consumindo quantidades excessivas de produtos com grande concentração de açúcar, sódio, entre outras formulações, você muito possivelmente verá os resultados negativos no seu corpo nos anos seguintes”, destaca Raquel Teixeira.
A também nutricionista Natália Cavalcante aponta que o Brasil vive uma elevada exposição a alimentos processados, ultraprocessados e industrializados. Isso acaba, segundo a especialista, gerando um grave problema de desnutrição funcional, que conhecemos como “fome oculta”. “Hoje em dias pessoas estão se alimentando de forma errada, o que pode gerar quadros de sobrepeso e obesidade, e mesmo assim serem desnutridas, porque não estão tendo acesso a nutrientes adequados para o bom funcionamento do organismo”, alerta.
É preciso dar exemplo!
Se nós, que estamos na fase adulta, precisamos nos preocupar com a alimentação, com as crianças esse trabalho precisa ser feito em dobro. Um assunto que tem ganhado atenção nesses últimos anos é a introdução alimentar.
Quer que seu filho coma bem? “Temos um grande desafio de promover práticas alimentares saudáveis para as crianças, que são constantemente bombardeadas com informações de produtos industrializados”, contextualiza Natália.
A especialista indica que tentar apostar em alimentos minimamente processados, naturais, ter variedade na compra de legumes e verduras, cereais integrais, entre outros, pode ser uma boa saída. A nutricionista lista mais dicas: “Levar as crianças no supermercado, explicar a importância de cada alimento, a importância da diversidade das cores nos pratos, integrar as crianças no preparo dos alimentos”.