'Super Ozempic' promove queima de gordura 5 vezes mais rápido; médico faz alerta

Decisão de usar medicamentos para perder peso precisa estar alinhada a uma série de fatores, ressalta endocrinologista

5 mar 2024 - 12h09
Foto: iStock

Um novo medicamento injetável em estudo, chamado VK2735, desenvolvido pela Viking Therapeutics, vem se mostrando promissor na queima de gordura, superando as drogas Ozempic e Wegovy em velocidade. 

No ensaio clínico, os participantes que receberam VK2735 perderam em média 14,7% do peso corporal em 13 semanas, enquanto pacientes usando Ozempic e Wegovy levaram 68 semanas para resultados semelhantes. O estudo envolveu 174 adultos com sobrepeso ou obesidade, e os efeitos colaterais incluíram vômitos e náuseas, mas em níveis toleráveis. 

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O medicamento imita hormônios que promovem a saciedade e retardam o esvaziamento gástrico. A Viking planeja avançar com o desenvolvimento clínico do VK2735.

O Terra conversou com o médico Rodrigo Neves, pós-graduado em endocrinologia, sobre o crescimento da popularidade e interesse no uso de drogas que prometem uma perda rápida de peso.

O especialista explica que a prescrição de medicamentos para perda de peso é uma ferramenta importante no tratamento da obesidade e do sobrepeso, especialmente quando associada a mudanças de estilo de vida, como dieta e exercício.

No entanto, a decisão de usar esses medicamentos deve ser cuidadosamente considerada, levando em conta vários critérios, contraindicações, possíveis efeitos colaterais, expectativas realistas de perda de peso, duração do tratamento e estratégias pós-tratamento.

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Os medicamentos para perda de peso geralmente são prescritos para pessoas que:

  • Têm um índice de massa corporal (IMC) de 30 kg/m² ou maior (obesidade);
  • Têm um IMC de 27 kg/m² ou maior (sobrepeso) e apresentam pelo menos uma condição relacionada ao peso, como hipertensão, diabetes tipo 2 ou dislipidemia.

As contraindicações variam de acordo com o medicamento específico, mas podem incluir:

  • Gravidez ou amamentação;
  • Histórico de transtornos alimentares;
  • Condições médicas específicas, como doenças cardíacas graves ou glaucoma;
  • Uso concomitante de outros medicamentos que podem interagir.

O médico conta que a perda de peso com o uso de medicamentos, bem como a duração do tratamento podem variar, mas geralmente se espera uma perda de 5% a 10% do peso corporal inicial ao longo de 12 meses, o que pode ser significativamente maior do que a perda de peso apenas com dieta e exercício. 

No entanto, a manutenção da perda de peso a longo prazo requer mudanças sustentáveis no estilo de vida, que incluem continuar com uma dieta saudável e um programa de exercícios regular.

Também é importante estar atento aos efeitos colaterais que esses medicamentos podem causar. Náuseas, constipação, dor de cabeça, boca seca, e em casos mais raros, problemas cardíacos ou pancreáticos, fazem parte da lista. 

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“O gerenciamento desses efeitos colaterais geralmente envolve ajustar a dosagem, mudar para um medicamento diferente ou tratar os sintomas específicos”, conta o profissional.

Para o especialista, a alta administração de medicamentos como Ozempic deve-se à sua eficácia na redução do peso corporal e ao benefício adicional de melhorar os parâmetros glicêmicos em pacientes com diabetes tipo 2. 

“A promessa de perda de peso significativa com menos esforço do que as abordagens tradicionais de dieta e exercício também contribui para sua popularidade. No entanto, é importante notar que esses medicamentos não são uma solução mágica e devem ser usados como parte de um plano de tratamento mais amplo que inclui mudanças no estilo de vida”, diz o médico.

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Fonte: Redação Terra Você
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