A presença de um cachorro em casa pode reduzir em até 40% o risco de idosos desenvolverem demência, de acordo com a pesquisa divulgada pela revista científica Preventive Medicine Reports.
A demência é considerada um sinal de fragilidade e é a causa principal de incapacidade, além de ser uma das principais razões pelas quais as pessoas mais velhas falecem. O estudo publicado em outubro deste ano indica que a companhia canina influencia positivamente o comportamento dos idosos.
Cientistas do Instituto Metropolitano de Gerontologia de Tóquio explicam que ter um cachorro aumenta a probabilidade dos idosos saírem de casa, o que, por sua vez, promove maior atividade física e mais interações sociais.
“Essa combinação beneficia não apenas o bem-estar emocional, mas também melhora a atividade mental, fortalecendo a capacidade do cérebro de lidar com diferentes situações e exercendo um efeito supressivo no desenvolvimento da demência”, explicam os pesquisadores.
Durante cerca de 4 anos de acompanhamento da pesquisa, 5,0% das pessoas desenvolveram demência grave. Entre aqueles que atualmente têm cães e aqueles que nunca tiveram ou já tiveram cães, 3,6% e 5,1%, respectivamente, desenvolveram demência grave.
Os resultados indicam que os atuais donos de cães apresentaram uma redução de 40% no risco de desenvolver demência grave em comparação com aqueles que não têm ou já tiveram cães.
A pesquisa ainda indica que a prática de passear com cães é classificada como uma atividade física de intensidade moderada e que os donos de cães que regularmente levam seus animais para passear têm 2,5 vezes mais chances de atingir pelo menos 150 minutos de atividade física de intensidade moderada por semana.
É importante frisar que não basta ter o pet em casa, pois os donos de cães sem hábitos de vida diários relacionados com os cuidados com os cães não mostraram efeitos positivos relacionados com a prevenção da demência. Ou seja: para ter efeito também é preciso cuidar do seu bichinho.