O mercado mundial de suplementos alimentares deve ultrapassar a US$252 bilhões em 2025. Pelo menos uma pessoa de 59% dos lares brasileiros faz o uso de algum suplemento e pessoas acima de 60 anos são aquelas que mais investem nesse tipo de produto. O uso de polivitamínicos se torna ainda mais importante com o avanço da idade, podendo oferecer benefícios para a qualidade de vida e saúde pública.
Não é novidade que após a pandemia do Covid-19 houve muitas mudanças em relação aos hábitos entre as pessoas, incluindo a adoção de práticas mais saudáveis como a realização regular de exercícios físicos e uma alimentação mais equilibrada. Essas modificações refletem uma conscientização crescente sobre a importância da qualidade de vida e do bem-estar, e resultou em um evidente crescimento pela busca de suplementos.
Segundo um estudo realizado pela FMI (Future Market Insights), o mercado global de suplementos alimentares deve ultrapassar a marca de US$ 252 bilhões até 2025. Outro dado interessante que comprova o avanço desse segmento é que pelo menos uma pessoa em 59% dos lares brasileiros faz uso de algum suplemento, de acordo com o Relatório da ABIAD (Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres).
Quando olhamos para a faixa etária de pessoas que mais têm consumido esse tipo de produto, podemos destacar a terceira idade. Apesar desse crescimento está relacionado à busca por melhores hábitos em todas as idades, as pessoas acima dos 60 anos são as que mais investem em suplementações naturais, seja para garantir reposição de nutrientes, reforçar a imunidade, melhorar a qualidade de vida ou até mesmo para garantir uma longevidade.
Para se ter uma ideia do quão aquecido está esse setor, ainda de acordo com dados da Future Market Insights, o mercado de suplementos e vitaminas para idosos deve passar dos US$ 140 bilhões em 2021 para US$ 265 bilhões até 2032.
Uso de polivitamínicos
Com o avanço da idade, é inevitável que o uso de polivitamínicos se torne ainda mais importante para essa faixa etária, pois o corpo tende a absorver e metabolizar nutrientes de forma menos eficiente, podendo resultar em deficiências que afetam a saúde e a qualidade de vida. E alguns complementos podem ajudar a preencher essas lacunas nutricionais, claro que é preciso estar sempre acompanhado de uma orientação médica especializada.
Ao contribuir para a nutrição, eles podem oferecer uma variedade de benefícios para esse público específico, incluindo o auxílio à saúde óssea, ao sistema imunológico e ao aumento da energia e disposição. Além disso, um estudo realizado pelo grupo Cocoa Supplement and Multivitamin Outcomes Study, destacou os benefícios dos multivitamínicos também na saúde cognitiva dos idosos, melhorando os processos de memória e atenção.
Melhora de qualidade de vida
Acredito que esse aumento significativo por esse público é um reflexo positivo do desejo de melhorar a qualidade de vida e também do crescimento da conscientização acerca da importância de uma nutrição adequada para o nosso bem-estar. Isso demonstra um movimento em direção ao autocuidado e ao investimento na própria saúde, que pode trazer benefícios individuais e até mesmo coletivos, relacionados à saúde pública.
Claro que é importante reforçar que se auto suplementar não é o melhor caminho e pode até ser um risco à saúde por não saber ao certo a dosagem certa entre outros pontos. Por isso, ter uma educação nutricional aliada a uma boa suplementação e também a atividades físicas é o melhor caminho para que essa e outras faixas etárias possam de fato usufruir de suplementos que são interessantes e fazem sentido para eles naquele momento de vida.
Por fim, vejo que se esses hábitos de cuidado se estenderem também a outras gerações, poderemos ter populações mais longevas, envelhecendo com qualidade, vigor e vitalidade, podendo afastar-se de doenças que podem ser evitadas apenas com uma nutrição adequada à idade.
(*) Ye Zhang é empreendedor fundador da Always Fit, plataforma de e-commerce especializado em suplementos naturais.