Testosterona alta pode provocar câncer de próstata? Médico explica

Há ainda o reforço do exame rotina para detectar o câncer de próstata precocemente

20 mar 2023 - 13h00
(atualizado às 13h07)

O hormônio masculino testosterona é o "campeão" de buscas no Google para diversos tipos de questionamentos. Embora a ciência tenha várias evidências, é natural que dúvidas apareçam. Como, por exemplo, se existe relação da testosterona com o câncer de próstata?

Sem consenso dessa relação

O médico Dr. Roberto Franco admite que por muito tempo existiu a tese de que a testosterona poderia estimular o crescimento do câncer de próstata. Assim, muitos médicos evitavam prescrever a terapia de reposição hormonal com testosterona para os homens com o histórico de câncer de próstata ou com a suspeita da doença.

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Porém, segundo ele, estudos recentes acusaram que o envolvimento da testosterona e câncer de próstata é mais complexo do que se imaginou. Embora pesquisas indiquem que níveis baixos de testosterona estão associados ao risco aumentado de câncer de próstata, outras análises não evidenciaram esse "vínculo".

O acréscimo é de que a terapia de reposição hormonal com testosterona deve ser aplicada com cautela e acompanhamento em sujeitos que já tiveram câncer de próstata.

Então, atualmente não há evidências sólidas de que esse hormônio cause câncer de próstata. Em vez disso, a maioria dos especialistas acredita que o câncer de próstata é causado por combinações de fatores genéticos, ambientais e hormonais.

Palavra do médico

"Por isso, é importante que os homens que têm histórico de câncer de próstata ou que apresentam sintomas como disfunção erétil, diminuição da libido ou baixa energia busquem o acompanhamento de um médico para avaliar a necessidade de terapia de reposição hormonal com testosterona e discutir os riscos e benefícios do tratamento", finaliza o médico.

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Quem é ele?

Roberto Franco formou-se em Medicina pela Universidade de Vassouras, com residência médica em Patologia Clínica - Medicina Laboratorial na Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). E um ano de clínica médica no HSPE - Iamspe (Hospital do Servido Público Estadual de São Paulo - Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual).

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