Tratamento de pele: quais fazer e quais evitar no verão

Alguns procedimentos não são tão indicados no verão, pois há um maior risco de causar manchas e irritação na pele que já está sensível

17 jan 2024 - 06h20
Foto: Freepik

Existem inúmeros tratamentos estéticos disponíveis e, muitas vezes para o mesmo fim, como o estímulo de colágeno, há diversas possibilidades, com uso de tecnologias (lasers, ultrassom, radiofrequência) e injetáveis (bioestimuladores). 

“Há lasers que atuam de forma mais profunda e preservam a primeira camada da pele, outros são ablativos e não poupam a epiderme. Então, muitas vezes a mesma tecnologia tem parâmetros diferentes, que devem ser adequados a cada necessidade. E, devemos considerar também as estações do ano. De forma geral, os tratamentos mais ablativos são feitos no inverno, quando a incidência dos raios ultravioleta é menor. Isso ajuda a proteger a pele do paciente contra manchas ou irritabilidade e hipersensibilidade”, destaca Ana Maria Pellegrini, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. 

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Ácidos e peelings: melhor não fazer 

“Os ácidos e os peelings provocam uma descamação, que pode ser superficial ou profunda, dependendo da substância utilizada. De qualquer maneira, os ácidos e peelings deixam a pele mais sensibilizada, então o calor e a exposição solar podem provocar irritação e o aparecimento de manchas”, explica a dermatologista. 

“Esses procedimentos não são completamente proibidos, porque tudo depende da indicação e do paciente, se ele é uma pessoa que não costuma se expor ao sol, quais os hábitos diários. Mas hoje, em consultório, temos diversos recursos que são preferíveis para melhorar a textura da pele e tratar linhas finas, manchas e estimular colágeno”, explica Ana.

Laser: a maioria é indicada 

“Hoje, os lasers agem pelo que conhecemos como fototermólise seletiva, ou seja, cada pulso de luz, em comprimentos de onda apropriados, age em estruturas específicas dentro da pele. Então, eles conseguem preservar a superfície e estimular colágeno nas camadas mais profundas. E isso é importante, pois o paciente tem menor risco de irritação e desconforto em estações mais quentes. De qualquer maneira, também é importante se proteger do sol após esses procedimentos”, explica a médica. 

“E, claro, nas estações mais quentes, o ideal é tratar com lasers não-ablativos”, acrescenta.

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Ultrassom microfocado: poderoso aliado

“O ultrassom microfocado pode ser feito em qualquer época do ano, pois é uma tecnologia com ação profunda para estímulo de colágeno, atuando até mesmo no SMAS (Sistema Músculo Aponeurótico Superficial), que é a camada muscular mais profunda, para ter um efeito de lifting. E ele preserva a superfície da pele”, diz Ana Maria Pellegrini. 

Uma das novidades é o equipamento Atria. “É um tratamento coringa indicado para vários processos do envelhecimento e que promove dois diferentes estímulos para criação de novo colágeno, por conta da aplicação com a ponteira de scanner e a de caneta”, esclarece a médica. 

“Após o procedimento, a única recomendação é o uso do protetor solar, para proteger a pele”, orienta ela.

Radiofrequência microagulhada: tenha cautela

O procedimento consiste em microagulhas que perfuram a pele entregando radiofrequência em camadas mais profundas. 

“Após o procedimento, devemos respeitar o período de recuperação e cicatrização da pele. O ideal é não se expor ao sol. E, depois disso, o uso do protetor solar é indicado para evitar manchas e preservar os ganhos obtidos com o tratamento”, diz a dermatologista.

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Injetáveis: indicados

Os procedimentos injetáveis, segundo Ana Maria Pellegrini, são indicados para uma série de razões e tem mecanismos de ações diferentes, que vão desde a paralização da musculatura (toxina botulínica) para tratar rugas, até o estímulo de colágeno (bioestimuladores) e hidratação (skinbooster). 

“Eles agem dentro da pele e sempre sugerimos o uso do protetor solar. Mas não há um downtime (tempo de recuperação), de forma que o paciente pode voltar imediatamente às atividades normais”, comenta ela.

Procedimentos podem ser associados

Por fim, a dermatologista ainda ressalta que, dependendo do caso, os procedimentos ainda podem ser associados para potencialização dos resultados. 

“A combinação, por exemplo, de ultrassom microfocado e bioestimulador é comum e traz grandes benefícios”, diz. “Vale lembrar também que os resultados e o tempo de recuperação podem variar de acordo com a resposta individual de cada paciente. Por isso, é importante passar por uma avaliação com o médico e explicar seus objetivos para que, juntos, possam elaborar um plano de tratamento para que você consiga estar radiante e mantendo os resultados por mais tempo ao proteger a pele do sol”, finaliza Ana Maria Pellegrini.

(*) HOMEWORK inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão. 

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