Tratamento e prevenção do pé diabético: saiba mais

Se não for tratado corretamente, o pé diabético pode levar à amputação. Entenda!

26 jun 2024 - 14h12
(atualizado às 16h21)

A diabetes é uma doença metabólica e crônica caracterizada pelo aumento de glicose no sangue. Quando não controlada adequadamente, ela pode levar a diversas complicações, sendo que o pé diabético é uma das mais graves.

Saiba os principais sintomas do pé diabético |
Saiba os principais sintomas do pé diabético |
Foto: freepik/Freepik / Boa Forma

O que é pé diabético?

Os altos níveis de glicemia no organismo prejudicam a circulação sanguínea, diminuindo as células de defesa, dificultando a cicatrização e a regeneração de tecidos e provocando danos em nervos periféricos.

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Dessa forma, o corpo acaba não conseguindo curar feridas que surgem, especialmente nas extremidades, como os pés.

"O pé diabético é uma complicação que acontece quando uma área machucada ou infeccionada nos pés, como uma bolha, frieira ou um calor, evolui para uma ferida maior, que, se não tratada, pode resultar na necessidade de amputação", explica a Dra. Aline Lamaita, membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular.

Quais os sintomas do pé diabético?

Os  sintomas do pé diabético incluem:

  • Perda da sensibilidade nos pés;
  • Sensação de formigamento frequente;
  • Queimação nos pés e tornozelos;
  • Sensação de agulhadas e dormência;
  • Fraqueza nas pernas.

A médica comenta que, em muitos casos, o pé diabético só é identificado pelo paciente quando aparece uma ferida ou infecção que não passa, ou seja, quando o quadro já está mais avançado. Segundo ela, esse problema é a segunda maior causa de amputações no Brasil.

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"Por isso, se você possui diagnóstico confirmado de diabetes, ao notar a presença de qualquer um dos sintomas citados acima, o mais importante é que você procure um médico para iniciar o tratamento", alerta.

Como é o tratamento do pé diabético?

O tratamento do pé diabético é determinado de acordo com o tipo de lesão e a gravidade.

Podem ser indicadas medidas como o uso de antibióticos e pomadas antimicrobianas, a troca diária dos curativos e, é claro, o controle adequado da diabetes, incluindo uma dieta balanceada e a prática regular de atividade física.

Além disso, intervenções cirúrgicas podem ser necessárias. "A cirurgia tem como objetivo retirar a região afetada e favorecer a cicatrização", fala a especialista.

Como prevenir o pé diabético?

Para prevenir o pé diabético, é indispensável manter a glicemia controlada, realizando o tratamento ideal e adotando hábitos de vida saudáveis.

"O principal cuidado é comparecer ao médico e fazer exames nos pés a cada seis meses, no mínimo. Apenas um profissional especializado poderá realizar uma avaliação e dar o diagnóstico correto, encaminhando o paciente para o tratamento mais indicado."

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Além disso, é recomendado olhar diariamente os pés com atenção, verificando a existência de pequenas feridas, bolhas, áreas avermelhas e mudanças na forma e na coloração.

Também é importante priorizar sapatos macios, confortáveis, fechados e que não apertem os pés. Sandálias e chinelos devem ser evitados, assim como o hábito de andar descalço.

"Outros cuidados incluem higienizar e hidratar os pés diariamente, cortar as unhas duas vezes por mês, não retirar calos e realizar movimentos circulares com os pés a cada 15 minutos para melhorar a circulação nos membros inferiores", completa.

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