Tratamento preserva fertilidade de mulheres com câncer de mama

Pacientes submetidas ao tratamento tiveram 2 vezes mais possibilidades de desenvolver gravidez normal após concluir quimioterapia

30 mai 2014 - 22h35
(atualizado em 31/5/2014 às 12h45)

Um novo tratamento hormonal ajudou mulheres que sofrem de câncer de mama a preservar melhor sua fertilidade durante a quimioterapia, revela um estudo divulgado nesta sexta-feira (30), no primeiro dia da conferência anual da American Society of Clinical Oncology (ASCO), em Chicago.

A quimioterapia traz, entre outros efeitos, um importante risco de provocar uma insuficiência ovariana, ao reduzir a quantidade e a qualidade dos óvulos.

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O estudo clínico - de fase 3 - mostra que uma injeção mensal de goserelina (Zoladex) durante a quimioterapia reduz em 64% o risco de falha dos ovários.

Ao bloquear a produção dos estrógenos, o tratamento provoca uma menopausa temporária e preserva muito melhor a fertilidade da paciente.

Apenas 8% das mulheres que receberam uma injeção mensal deste hormônio apresentaram falha ovariana, contra 22% do grupo-controle.

As pacientes submetidas ao tratamento com goserelina também tiveram duas vezes mais possibilidades de desenvolver uma gravidez normal após concluir a quimioterapia em relação ao grupo que não recebeu o tratamento hormonal, segundo os pesquisadores.

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Principal autora do estudo, Halle Moore, destacou que "preservar sua fertilidade é um objetivo e uma preocupação importante para as jovens mulheres diagnosticadas com câncer de mama". "Os resultados deste teste clínico oferecem uma alternativa simples e nova, que poderá ser aplicada a outros tipos de câncer", completou. 

Ela informa ainda que não apenas a goserelina se revela muito segura, como também é eficaz na medida em que o tratamento aumenta a probabilidade de gravidez e de dar à luz um bebê saudável após a quimioterapia.

A pesquisa concluiu também que as pacientes tratadas com goserelina têm 50% mais possibilidades de estar com vida quatro anos após o diagnóstico em relação ao grupo-controle.

O estudo analisou 257 mulheres ainda não menopáusicas com câncer de mama e receptores hormonais negativos.

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