Tratamentos contra câncer de mama e mal de Parkinson ganham Prêmio Lasker

8 set 2014 - 20h54

Cientistas franceses - pioneiros na aplicação de terapias de estimulação profunda do cérebro em doentes que sofrem do mal de Parkinson - e uma americana que descobriu a chave da mutação do câncer de mama receberam o Prêmio Lasker, nesta segunda-feira.

O Prêmio Lasker de Pesquisa Médica é um dos mais prestigiosos no campo científico, também chamado de "Nobel americano".

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Alim Louis Benabid, da Academia das Ciências na França, e Mahlon DeLong, da Universidade Emory, conquistaram o Lasker-DeBakey de Pesquisa Médica Clínica por desenvolverem técnicas de estimulação profunda do cérebro. O objetivo é restaurar funcionalidades em pacientes com Parkinson.

"O trabalho de DeLong e de Benabid melhorou as vidas de mais de 100 mil pacientes no mundo todo, que se submeteram ao procedimento", justificou a Fundação Lasker.

"Estimulou novas pesquisas no uso da estimulação elétrica, que já estão ajudando nos problemas neurológicos e psiquiátricos", acrescentou a Fundação.

Já a cientista Mary-Claire King conquistou o Lasker-Koshland em reconhecimento de sua extensa carreira. Entre outros avanços, ela identificou o gene BRCA1, chave no desenvolvimento do câncer de mama.

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Mary-Claire aproveitou a cerimônia para pedir mais testes genéticos em mulheres para detectar o câncer genético antes que seja tarde demais.

Ela também foi reconhecida por usar tecnologia de DNA para reunir os filhos desaparecidos durante a ditadura na Argentina com suas mães e avós, baseando-se na análise de DNA mitocondrial. Esse é o DNA que passa de mãe para filho.

"King ajudou a provar relações genéticas, e isso facilitou a reunificação de mais de 100 filhos com suas famílias (biológicas)", explicou a Fundação Lasker.

Outros ganhadores foram Kazutoshi Mori, da Universidade de Kyoto, e Peter Walter, da Universidade da Califórnia em São Francisco. A dupla recebeu o Lasker de Pesquisa Médica Básica por suas descobertas sobre a capacidade interna das células de corrigir proteínas prejudiciais.

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