Aquele fiozinho de azeite de oliva em cima de uma bela posta de bacalhau com batatas... Só de pensar, já dá água na boca, não é mesmo? Para quem não abre mão de um dos elementos principais da chamada "dieta mediterrânea", vem aí uma boa notícia. Um novo estudo da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, reforça o caráter benéfico do já conhecido e exaltado 'fio de ouro'. Adicionar apenas uma colher, diariamente, à dieta pode, por exemplo, diminuir o risco de morte relacionada à demência. É o que explica Anne-Julie Tessier, nutricionista da Universidade de Harvard.
"Normalmente, as pessoas que usam azeite para cozinhar ou como molho têm uma melhor qualidade geral da dieta, mas, curiosamente, descobrimos que a associação é independente desse fator".
Estudo sobre azeite de oliva
Inicialmente, os estudiosos combinaram os resultados de levantamentos anteriores, realizados entre 1970 e 1980. Assim, os cientistas descobriram que aqueles que consumiam regularmente mais de 7 gramas de azeite por dia (cerca de meia colher de sopa) tinham 28% menos probabilidade de morrer de doenças relacionadas com a demência na comparação com aqueles que nunca ou raramente consumiam o alimento.
"O azeite pode exercer efeitos anti-inflamatórios e neuroprotetores devido ao seu alto teor de ácidos graxos monoinsaturados e outros compostos com propriedades antioxidantes, como vitamina E e polifenóis", explica, por fim, a pesquisadora.
Além disso, outras pesquisas também sugerem que aqueles que consomem regularmente azeite têm um risco cerca de 30% menor de morrer de uma doença neurodegenerativa.