Uso de ivermectina não é eficaz contra dengue, alerta Ministério da Saúde

De acordo com a pasta, boato foi espalhado nas redes sociais sem comprovação

8 fev 2024 - 12h58
Foto: iStock

A ivermectina voltou a ser objeto de destaque como uma possível solução para combater doenças, desta vez, a dengue. Segundo o Ministério da Saúde, circula um boato nesse sentido, inclusive sendo disseminado por alguns profissionais de saúde em suas redes sociais, porém, sem respaldo de dados ou fontes que confirmem essa informação. As informações são da Agência Brasil.

Este medicamento, um antiparasitário, foi previamente defendido durante a pandemia de covid-19 como parte de um tratamento inicial contra a doença, mas sem eficácia comprovada. O Ministério reitera que naquela época estudos evidenciaram a ineficácia da substância contra o coronavírus.

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"É importante ressaltar que a ivermectina também não demonstrou eficácia na redução da carga viral da dengue. O Ministério da Saúde não endossa qualquer protocolo que inclua este medicamento para o tratamento da doença", alertou o governo federal em comunicado. "A propagação de notícias falsas, especialmente em um contexto epidemiológico que requer atenção, é extremamente perigosa", acrescentou.

Tratamento

Segundo o Ministério, o protocolo oficial para tratamento da dengue prevê que o médico identifique os sintomas por meio de uma avaliação direta do paciente. Posteriormente, o profissional pode ou não solicitar exames laboratoriais.

Para casos leves de dengue, a recomendação inclui repouso durante o período febril, hidratação adequada (consumo de líquidos) e o uso de paracetamol ou dipirona para alívio de dor ou febre. É importante salientar que o ácido acetilsalicílico não deve ser administrado, pois pode agravar a situação. Na maioria dos casos, há uma recuperação espontânea após cerca de 10 dias.

"É crucial que o paciente busque imediatamente atendimento médico em caso de sintomas de alarme, como dor abdominal intensa e persistente, náuseas, vômitos persistentes e sangramento das mucosas. O protocolo sugere a hospitalização do paciente para um manejo clínico apropriado", enfatizou o Ministério.

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A pasta destaca que as condutas clínicas recomendadas são embasadas em evidências científicas que garantem a segurança do paciente. Além disso, ressalta que os medicamentos prescritos para o tratamento são aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

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Fonte: Redação Terra Você
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