Varizes: demora pela busca de tratamento pode agravar o quadro da doença

Conscientização é essencial para os pacientes entenderem que se trata de uma doença crônica que exige atenção contínua, mesmo após realização de procedimentos

13 out 2024 - 17h05
(atualizado às 18h56)

Mais do que uma questão de estética, a presença de varizes indica que algo não vai bem na circulação do sangue. Desta forma, para prevenir o aparecimento das veias dilatadas, que geralmente surgem nas pernas e podem causar desconforto e até mesmo dor, a conscientização sobre os cuidados preventivos e os tratamentos disponíveis é fundamental para manter, acima de tudo, o bem-estar pessoal.

O debate envolvendo os riscos da doença crônica e progressiva fez parte da roda de conversa Varizes: uma abordagem holística, realizada neste domingo, 13, durante o Summit Saúde e Bem-Estar, promovido pelo Estadão.

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Fatores de risco

Embora cerca de 90% da incidência de varizes tenha relação com a questão genética, os hábitos do dia a dia também podem influenciar para o surgimento da doença. "Temos sempre que analisar a vida que a família teve. Então, vai variar muito com o hábito de vida, se a pessoa fuma, se é acidentada, se tem obesidade", reforça Amanda.

Quais ações preventivas podem ser adotadas:

  • Hidratação - o consumo de água durante o dia deve ser de pelo menos 35 ml por quilo;
  • Evitar ficar parado por muito tempo;
  • Buscar o cirurgião vascular o quanto antes para evitar complicações sérias.

"Muitas vezes, a atividade laboral da pessoa impõe que ela fique muito tempo sentada na frente do computador ou muito tempo em pé, parada. Tem que ter intervalos, isso é muito importante", acrescenta Flávia.

Fases do tratamento

Conforme a cirurgiã vascular Flávia, primeiramente existe a etapa do tratamento clínico. Depois, dependendo do caso, é necessário algum tipo de abordagem, que não precisa ser cirúrgica.

"A gente faz primeiramente o uso de alguns cremes que têm propriedades para a alívio dos sintomas, principalmente para a hidratação da pele, para a desinflamação local. Além disso, há também os medicamentos orais. Na sequência, a gente parte para o tratamento um pouco mais invasivo", explica ela.

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Procedimentos menos invasivos

Em meio aos tratamentos, o avanço tecnológico tem permitido que os procedimentos sejam cada vez menos invasivos. Com isso, a pessoa pode evitar futuras complicações.

"Antes eram cirurgias abertas, hoje você consegue fazer via endolaser, então a tecnologia vem como uma aliada para justamente a pessoa fazer o tratamento correto rapidamente e evitar complicações", afirma a médica Amanda, uma das palestrantes do Summit Saúde e Bem-Estar.

O ponto principal ainda é saber que o tratamento de varizes é complexo e envolve vários fatores ao longo do processo. "As pessoas, às vezes, fazem uma cirurgia e acham que o problema está resolvido. Sempre há uma manutenção", pondera Amanda.

Quanto mais cedo a pessoa buscar ajuda, melhor para a sua qualidade de vida. "A demora em ir atrás de um cuidado pode também levar a um escurecimento da pele. É o que a gente chama de uma dermatite escura."

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Roda de conversa - Varizes: uma abordagem holística. Na foto, da esquerda para a direita: Rita Lisauskas, mediadora; Amanda Meirelles, médica; Armando Lobato, presidente da SBACV; Flávia Nerone Alexandrino, membro da SBACV.
Roda de conversa - Varizes: uma abordagem holística. Na foto, da esquerda para a direita: Rita Lisauskas, mediadora; Amanda Meirelles, médica; Armando Lobato, presidente da SBACV; Flávia Nerone Alexandrino, membro da SBACV.
Foto: Tiago Queiroz/Estadão / Estadão

A roda de conversa Varizes: uma abordagem holística teve a mediação de Rita Lisauskas, jornalista, escritora e apresentadora do Programa Mãe sem Manual da Rádio Eldorado.

O "Summit Saúde e Bem-Estar - O futuro da saúde já chegou? acontece hoje e amanhã, 14, das 8h às 18h30, no Espaço de Eventos do Shopping JK Iguatemi, em São Paulo. Para se inscrever, acesse este link.

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