Virgínia Fonseca revelou hoje que ficou doente após a onda de críticas à sua base, lançada em março. O vídeo da maquiadora e youtuber Karen Bachini testando a base da WePink foi o auge das avaliações negativas ao produto. O cosmético rendeu diversas críticas pelo preço alto, a qualidade contestada e a promessa de funcionar como “dermomake”, o que impactou a saúde da influenciadora.
Na época do lançamento Virginia foi cobrada a se posicionar, mas só agora --quase seis meses depois-- conseguiu falar sobre o assunto. "Passando muito mal com essa história da base", resumiu assim que o jornalista Leo Dias mencionou o tema em uma entrevista.
"Amigo, me deu alopecia, tá? Alopecia, buraco na cabeça, caiu cabelo. (...) E eu plena lá em Miami fingindo que estava tudo bem, tudo maravilhoso, ninguém via por trás."
Veja:
Virginia Fonseca revela que teve alopecia após polêmica de sua base pic.twitter.com/LI6Ghg7fAi
— WWLBD ✌🏻 (@whatwouldlbdo) August 28, 2023
Alopecia é uma condição que se caracteriza pela queda de cabelo ou pelos de qualquer parte do corpo. O problema pode ser decorrente de estresse, como no caso de Virginia, mas também de questões genéticas, traumas ou uma manifestação autoimune. Conheça os tipos de alopecia:
- alopecia areata: é a queda de cabelo total ou parcial, geralmente em falhas circulares.
- alopecia por tração: é decorrente do excesso de penteados que forçam a raiz do cabelo;
- alopecia frontal fibrosante: costuma atingir mulheres que já passaram pela menopausa e é caracterizada por um recuo da linha do cabelo, além da perda de pelos nas axilas e sobrancelhas;
- eflúvio telógeno: gera perda de 300 a 500 fios por dia em decorrência de algum evento, condição médica ou deficiência de vitaminas.
Qual o tratamento para alopecia?
Como explica a médica tricologista e cirurgiã plástica Patrícia Marques, isso depende do tipo de alopecia do paciente. Muitas vezes é necessário realizar infusões de medicamentos na região acometida.
"O tratamento varia de acordo com o diagnóstico e compõe uma vasta gama de opções com medicamentos orais, suplementos nutricionais, injeções locais, laser, led e microagulhamento", esclareceu em entrevista anterior ao Terra.
Um ponto importante é que nem todo tipo de alopecia tem cura. A maioria dos casos são controlados, com tratamento que visam diminuir a progressão.
Base polêmica
Ao rebater as críticas à base, Virginia concordou com a hipótese de Leo Dias de que as reações tenham sido parte de um "movimento orquestrado". Para a influenciadora, não é possível dizer que o produto é ruim.
"Você pode virar e falar: 'não gostei da sua base'. E está tudo bem, já comprei várias bases também que eu não gostei e está tudo certo. Agora falar mal do produto... Não tem como falar que o produto é ruim porque não é. A qualidade é A. (...) Eu uso só a minha base", defendeu.
Ela ressalta que o produto não causou alergia em ninguém. Sendo assim, as avaliações negativas seriam reflexo de gosto pessoal, já que sua base é matte, com aspecto seco.
Muitas críticas abordaram ainda o marketing que anunciava o cosmético como "dermomake". Segundo a marca, o produto tem diversos benefícios, entre eles o combate ao "envelhecimento precoce, linhas de expressão e oleosidade".
Porém, “dermomake” nada mais é que um termo comercial. "O mercado o utiliza para designar um produto que tem efeito de maquiagem e possui, ao mesmo tempo, na sua formulação ingredientes ativos e consagradamente utilizados na indústria de cosméticos para melhorar textura e qualidade da pele, hidratar e atenuar manchas e rugas finas", esclareceu a dermatologista Renata Sitonio, professora e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, em entrevista concedida ao Terra na época.
De acordo com a especialista, um cosmético pode, sim, oferecer propriedades favoráveis ao skincare. Isso depende, no entanto, da proporção dos componentes. A WePink diz que a formulação da base contém vitamina E, ácido hialurônico, niacinamida e esqualeno vegetal como ativos, mas não informa a quantidade de cada um deles na fórmula, "o que gera dúvidas em relação à eficácia, já que o produto é registrado na Anvisa como cosméticos grau I".
Segundo a médica, os testes solicitados pela agência para produtos desse nível são de segurança, não de eficácia. Ou seja, a marca não precisou provar que a base é eficaz no combate ao envelhecimento, por exemplo.