O Ministério da Saúde do Paquistão confirmou pelo menos um caso do vírus mpox em um paciente que havia retornado de um país do Golfo, informou a pasta nesta sexta-feira, embora ainda não soubesse a cepa do vírus.
Um porta-voz do Ministério da Saúde disse que o sequenciamento do caso confirmado estava em andamento e que não ficaria claro qual variante do mpox o paciente tinha até que o processo fosse concluído.
Uma nova forma do vírus gerou preocupação global porque parece se espalhar mais facilmente por meio de contato próximo de rotina. Um caso da nova variante foi confirmado na quinta-feira na Suécia e vinculado a um surto crescente na África, o primeiro sinal de sua disseminação fora do continente.
No entanto, a Organização Mundial da Saúde desaconselhou qualquer restrição de viagem para impedir a disseminação do mpox.
O departamento de saúde da província de Khyber Pakhtunkwa, no norte do país, disse na sexta-feira que um caso de mpox foi confirmado na área, retirando uma declaração anterior de que três pacientes com mpox haviam sido detectados lá esta semana, ao chegarem dos Emirados Árabes Unidos.
Uma autoridade de saúde do distrito de Mardan, em Khyber Pakhtunkhwa, disse que a localização do paciente confirmado com mpox, um homem que, segundo a autoridade, havia retornado recentemente da Arábia Saudita, era desconhecida.
Inicialmente, ele fez exames e recebeu orientações em um hospital na capital da província, Peshawar, disse o dr. Javed Iqbal à Reuters, mas depois voltou para sua casa a algumas horas de distância, em Mardan, e depois foi para outro distrito.
O Ministério da Saúde nacional disse que estava realizando o rastreamento dos contatos do paciente identificado, que, segundo eles, era de Mardan. Eles também estavam aumentando a vigilância e o monitoramento do aeroporto com pessoal de saúde extra, afirmou o ministério em um comunicado.
A OMS declarou o recente surto da doença como uma emergência de saúde pública de interesse internacional depois que a nova variante do vírus foi identificada.
Na quarta-feira, a OMS emitiu seu mais alto nível de alerta sobre o surto na África após casos na República Democrática do Congo se espalharem para países vizinhos.
Houve 27.000 casos e mais de 1.100 mortes, principalmente entre crianças, no Congo desde que o atual surto começou em janeiro de 2023.
A doença provoca sintomas semelhantes aos da gripe e lesões cheias de pus. Geralmente é leve, mas pode matar. Crianças, mulheres grávidas e pessoas com sistemas imunológicos enfraquecidos, como portadores de HIV, têm maior risco de complicações.