Você sabia que existe câncer de mama masculino? Entenda

O tumor é extremamente raro, mas pode ocorrer; saiba mais sobre os sintomas, causas e tratamento da doença

29 set 2023 - 12h07
(atualizado em 3/10/2023 às 10h10)
Imagem meramente ilustrativa de um homem com dor na mama
Imagem meramente ilustrativa de um homem com dor na mama
Foto: Pornpak Khunatorn / iStock

Embora mais comum em mulheres, o câncer de mama também acomete homens. É importante falar sobre eles porque o desconhecimento os afasta do diagnóstico precoce. A consequência direta é tratamentos mais agressivos e menores chances de cura, já que o câncer é comumente tratado em estágio avançado.

Por isso, neste Outubro Rosa, o Terra chama atenção dos homens para o autoexame e acompanhamento médico. Quanto antes descoberto o tumor, melhor. Saiba mais sobre o assunto abaixo.

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Câncer de mama masculino: conheça sintomas e tratamento
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Frequência do câncer de mama masculino

A proporção é pequena: a cada 100 diagnósticos confirmados em pessoas do sexo feminino, apenas 1 para o grupo masculino. Este ano, são esperados cerca de 73 mil novos casos de câncer de mama em mulheres e cerca de 730 em homens em todo o Brasil.

A estimativa é repassada ao Terra pelo mastologista e cirurgião oncológico Wesley Andrade, que destaca a importância de conscientizar a população sobre o assunto para evitar diagnóstico e tratamento tardios.

Sintomas do câncer de mama masculino

Os principais sinais desse tipo de tumor são:

  • nódulo palpável na mama
  • retração da pele
  • retração da auréola
  • secreção pelo bico do peito
  • gânglios debaixo do braço

"Ocasionamente, podemos ter alteração da pele, como vermelhidão e o aspecto da pele grossa, como casca de laranja. Esses sintomas são semelhantes aos do câncer no corpo da mulher em uma fase mais avançada", pontua o médico.

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Diagnóstico

Ao perceber a presença de um nódulo, o paciente precisa consultar um médico. O profissional, então, vai avaliar a situação e, em caso de suspeita, pedir os exames habituais, como mamografia e biópsia.

A análise desse último é que vai confirmar se é um nódulo benigno ou maligno. "O que nós temos observado é que os homens acabam retardando essa ida ao médico", lamenta o mastologista.

"Ele acaba ignorando a presença daquele pequeno carocinho na mama, trata como um pelo encravado, um furúnculo e vai postergando isso. Aí quando o paciente chega ao consultório médico, em geral essa lesão já está grande, localmente avançada, o que demanda um tratamento mais agressivo, com menores chances de cura", acrescenta.

Causas

Assim como outros tipos de câncer, a principal causa da doença na mama está relacionada ao processo biológico de envelhecimento. Mas há outros fatores de risco, como o histórico familiar, uso de hormônios femininos, obesidade, consumo de álcool, tabagismo e radiação anterior na região do tórax, usada para tratar linfomas, por exemplo.

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De acordo com o mastologista, todo homem diagnosticado com a doença na mama deve ainda passar por um teste genético para identificar se há alteração no gene BRCA2. Em sua forma natural, o gene atua como um protetor contra a formação do tumor. Assim, quando identificada a alteração, há maior probabilidade da pessoa desenvolver o câncer.

"Isso tem uma relevância muito importante para a família porque se ele tiver essa mutação genética, é importante tomarmos conta e fazer o rastreamento de seus descendentes também, bem como fazer os testes nos seus irmãos e ascendentes, pai e mãe", ressalta Andrade.

Tratamento

Conforme aponta o cirurgião oncológico, o tratamento é "primordialmente cirúrgico". Como a mama do homem é muito pequena, a proporcionalidade entre os tamanhos do nódulo e da mama muitas vezes exige a realização de uma mastectomia, que é a retirada de todo o tecido mamário.

Há exceções quando o homem está com a mama volumosa. Nesses casos, é possível adotar a quadrantectomia, nome dado à retirada apenas da parte acometida pelo câncer.

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Em todo atendimento, se analisa também a situação da axila por meio de uma biópsia do linfonodo sentinela ou do esvaziamento axilar quando o quadro clínico é mais avançado. O paciente ainda pode precisar de tratamentos complementares, como quimioterapia, radioterapia e hormonioterapia.

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Fonte: Redação Terra Você
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