RIO - O governador do Rio, Wilson Witzel, se reuniu na tarde desta quinta-feira (23), com os secretários de Saúde, Edmar Santos, e de Desenvolvimento Econômico, Energia e Relações Internacionais, Lucas Tristão, para discutir um plano de reabertura progressiva da economia no Estado. No entanto, num dia em que o País registrou o recorde de mortes pela covid-19, o mandatário fluminense afirmou que a atividade econômica só vai ser retomada após a inauguração dos hospitais de campanha e os índices da Saúde melhorarem.
"Em especial na Ásia, há países que flexibilizaram suas regras de isolamento social e observaram uma segunda onda de contaminações", disse o governador. "Precisamos ter ao menos indícios de melhora tanto no índice de vítimas fatais quanto da capacidade de atendimento hospitalar para que tomemos decisões mais acertadas e não sejamos obrigados a voltar atrás e recrudescer as normas novamente."
A reunião com os secretários foi via videoconferência, já que tanto Witzel quanto Edmar Santos estão infectados pelo coronavírus.
Assim como o plano anunciado pelo governador de São Paulo, João Doria, as medidas que devem ser tomadas no futuro pelo governo do Rio serão regionalizadas. Algumas áreas do Estado estão menos afetadas pela propagação do vírus do que outras. No início do mês, Witzel chegou a flexibilizar o isolamento em municípios do interior em que não havia casos da covid registrados.
Segundo o governo, o Plano Estadual de Reabertura Planejada da economia será baseado em três eixos: definição prévia do ritmo de abertura; orientações de comportamento; e protocolos de operação para administradores, empresários e trabalhadores. Será feito um mapeamento de risco das atividades e das regiões do Estado.
"No Estado do Rio de Janeiro a curva de contaminação ainda é alta, apesar de estar sob controle. E é exatamente por estar sob controle que nós estamos muito preocupados com qualquer reabertura da atividade econômica", comentou o governador.
O Rio tem 6.172 casos confirmados da covid, com 530 mortes. A previsão é de que os oito hospitais de campanha anunciados pelo governo fiquem prontos no dia 30 deste mês e sejam inaugurados ao longo de maio. A taxa de ocupação de leitos de UTI da rede estadual já ultrapassa os 70%, que é o considerado razoável.