Se no mundo do turismo tudo parece já ter sido descoberto (e, massivamente, explorado), em certos endereços do planeta, você não poderá entrar.
Seriam até destinos perfeitos para férias dos sonhos, daqueles com praias selvagens em áreas isoladas do oceano Atlântico e piscinas naturais rodeadas por recifes de corais.
Ficou com vontade de conhecer? Vai ficar querendo.
Do deserto de Nevada (EUA) à isolada Austrália, incluindo também o Brasil, esses lugares são para poucos (e turistas não estão incluídos entre os que podem visitar esses destinos fascinantes do planeta).
Lugares fascinantes (e proibidos) no mundo
Ilhas Heard e McDonald
(Austrália)
Considerado um dos endereços mais remotos do planeta, essas ilhas ficam na metade do caminho entre a Austrália e a África do Sul. Só para ter uma ideia da distância, são 4.100 quilômetros até Perth, na costa oeste australiana, e 1.500 quilômetros da Antártica.
As duas ilhas são Patrimônio Mundial pela UNESCO e abrigam os dois únicos vulcões ativos de toda a Austrália, como o Big Ben, na Heard Island, cujo Pico de Mawson fica a 2.745 metros acima do nível do mar; e o Monte Dixon, cone vulcânico a 700 metros acima do nível do mar, no centro da Península Laurens.
A região é conhecida pelas condições climáticas extremas e acesso de grande dificuldade, cujos únicos desembarques com sucesso nas Ilhas McDonald foram em 1971 e 1980, segundo o departamento de geologia do Governo da Austrália.
Área 51
(Estados Unidos)
Desde que foi criado durante a Guerra Fria, esse destacamento remoto da Força Aérea dos Estados Unidos, no deserto no estado de Nevada, é uma área ultrassecreta rodeada de boatos.
Por ali, sobrevoos e acesso terrestre são proibidos, o que alimenta até hoje diversas teorias de que seria um local de pouso de espaçonaves e estudos de corpos de alienígenas.
As minúsculas Rachel e Hiko, cidades com cerca de 20 e 10 habitantes, respectivamente, são os destinos mais próximos desse misterioso local.
Arquivos Secretos do Vaticano
O menor estado soberano do mundo reúne acervo dos últimos doze séculos, como cartas, processos, documentos administrativos e processos, como o julgamento contra o cientista Galileu Galilei, que defendeu a teoria de que a Terra não era o centro do universo.
Entre os milhares de documentos, estão também a excomunhão de Martinho Lutero da Igreja Católica, em 1521, e a carta do artista Michelangelo, advertindo o Papa que os guardas do Vaticano não recebiam pagamento há três meses.
Exceto se você for um pesquisador ou um acadêmico qualificado, os Arquivos Apostólicos, ao lado do Museu do Vaticano, são restritos a poucos, cujo arquivo tem mais de 85 quilômetros lineares de prateleiras e um bunker de concreto de dois andares.
Atol das Rocas
(Rio Grande do Norte)
Primeira unidade de conservação marinha criada no Brasil, em 1979, esse atol é formado por um anel de arrecifes com 7,2 km² de superfície e 3,2 km de diâmetro, em uma área preservada de 360 km², incluindo o atol e toda a área marinha ao redor.
Segundo o Projeto Tamar, esta é a segunda maior área de reprodução da tartaruga-verde do país e abriga também espécies como a tartaruga-de-pente, cujos estudos são facilitados pelas piscinas naturais de águas cristalinas e abrigadas.
O atol, Patrimônio Natural da Humanidade pela UNESCO, está a 267 km de Natal e a 148 km a oeste do arquipélago de Fernando de Noronha.
Trindade e Martim Vaz
(Espírito Santo)
Essas ilhas estão a pouco mais de 1.100 km do continente, isolados no Atlântico, e pertencem ao município de Vitória.
Com natureza selvagem, no sentido mais literal da expressão, o arquipélago é considerado o destino mais distante do território brasileiro, a 2.400 km da África.
Nesta espécie de Ilha de Lost brasileira, a biodiversidade abriga espécies endêmicas como o caranguejo-amarelo, pardela-de-trindade, uma subespécie de fragata e bosques de samambaias gigantes com mais de cinco metros.
Atualmente, apenas a Ilha da Trindade é habitada e serve como base militar da Marinha.