São quase 200 km², mais de 100 praias e 12 enseadas. Em outras palavras, não vão faltar lugares na Ilha Grande para fazer trilhas, mergulhar ou, simplesmente, fazer nada em faixas de areia abrigadas.
São tantas atividades que esse destino no litoral sul do Rio de Janeiro é aquele tipo de viagem que não cabe na mesma viagem. É lugar para voltar, algumas dezenas de vezes.
TURISMO HISTÓRICO
As atividades turísticas na Ilha Grande começaram a se desenvolver, a partir de 1994, com o fechamento do Instituto Penal Cândido Mendes, mas o destino parece disposto a apagar seu passado.
Suas construções históricas ainda resistem ao tempo (e ao descuido), em endereços como o Lazareto, antiga área de isolamento de pessoas com doenças infectocontagiosas, na Vila do Abraão, e o temido Cândido Mendes, em Dois Rios, que encarcerou presos políticos como Graciliano Ramos, Madame Satã e Fernando Gabeira.
MAR DE FORA
Na Costa Oceânica, o mar de águas azuladas é sempre agitado e tem praias que entram fácil em listas das melhores do mundo, como Aventureiro, Parnaioca e Lopes Mendes.
Sem opções de hospedagem, exceto campings improvisados, é a versão mais isolada da região e costuma ser visitado em passeios de barco.
É ali, por exemplo, que fica a ILHA DO JORGE GREGO, fenda rochosa que é uma das experiências mais marcantes em toda a Ilha Grande.
Sem ponto de ancoragem e com mar sempre mais agitado, essa imensa rachadura fica em um paredão profundo e com a maior concentração de vida marinha de toda a ilha, onde é possível mergulhar até o final dela e, dali, subir à superfície do interior daquela lança rochosa.
MERGULHO DE BATISMO
A Ilha Grande é um dos picos mais procurados para mergulho, em todo o litoral brasileiro, cujo Mar de Dentro é o melhor ponto, com áreas costeiras de menor profundidade e águas amigáveis para quem faz mergulho de batismo.
A experiência para quem nunca mergulhou é antecedida por explicações sobre os principais equipamentos usados em um mergulho, seguidas de um breve treino para que o iniciante se acostume com aquela parafernália aquática, já na água, mas ainda na superfície.
GRUTA DO ACAIÁ
Próximo à Enseada de Araçatiba, esse atrativo natural é somente para os fortes.
Trata-se de uma fenda em uma rocha com acesso por uma escada de madeira que leva até uma lagoa interior, alimentada pelas águas do mar.
O acesso é por um corredor baixo e sem iluminação, em terreno escorregadio e úmido. E, no final da visita, a gente custa a entender se é caverna com mar, mar com caverna ou um daqueles cenários surreais que ninguém se atreve a explicar.
MINI CRUZEIRO
A bordo de um catamarã de 75 pés e com apenas oito cabines, um mini cruzeiro viaja por por atrativos naturais de Paraty e Ilha Grande, em roteiros de até três noites.
A região é uma das mais abrigadas da costa brasileira, por isso, suas águas calmas facilitam atividades como caiaque e Stand Up no Saco do Mamanguá, além de trilhas e workshop de produção de artesanato com madeira caixeta, em comunidades caiçaras.
O embarque para o mini cruzeiro pela região é na cenográfica Marina do Engenho, em Paraty, e o cardápio de atividades pode ser adaptado de acordo com o perfil do grupo (familiar, mergulhadores ou corporativo).
De um lado da Ilha Grande, águas calmas em mar abrigado. Do outro, pontos cenográficos para mergulhos únicos, em todo o Brasil. Com, pelo menos, 50 pontos de mergulho e 14 naufrágios mapeados e mergulháveis, o destino tem condições de mar para todo tipo de viajante, iniciantes ou mais experientes.