Além da comida típica e do chope da Oktoberfest, Santa Cruz do Sul (RS) oferece a seus visitantes uma gama de atrações turísticas e da cultura alemã. A cidade foi a segunda colônia dos imigrantes no Estado, e conserva não apenas suas construções como também tradições.
Fundada em 1849 por seis casais alemães e suas famílias, vindos de Silésia, na divisa com a Polônia e a República Tcheca, e do Vale do Rio Reno, Santa Cruz começou como uma pequena colônia. Os imigrantes esperavam encontrar melhores condições de vida, mas tiveram que construí-las eles mesmos. Quatro anos mais tarde, com a chegada de conterrâneos em maior número, o trabalho ficou mais fácil.
Como a maioria das cidades brasileiras, Santa Cruz cresceu em torno da igreja e da praça: mas de duas igrejas e duas praças. O templo católico foi cercado pelo colégio de freiras e um hospital, enquanto o evangélico ficou próximo da primeira câmara do município. A católica Igreja de São João Batista ainda funciona, mas a construção que abrigava a evangélica hoje está alugada por um banco.
Turismo na cidade
Quem for à Oktoberfest e ficar em algum dos 1.670 leitos disponíveis nos hotéis do município pode começar o passeio pelo centro da cidade, onde está a maior catedral em estilo gótico da América do Sul. A torre mede 80 m de altura, mesmo tamanho que o prédio, concluído em 1927, tem de profundidade.
Próximo ao Centro está o Parque de Santa Cruz, inaugurado em 1996 no local onde antes funcionava uma pedreira. Na parte baixa está o anfiteatro e o centro místico, com bancos de pedra e até uma pequena pirâmide. Subindo o morro há o mirante, de onde se tem um panorama da cidade, do Lago Dourado - reservatório de água local - até o morro atrás do Country Club - onde a elite da cidade pratica esportes como o golfe, um dos mais populares na região. Além do mirante, há uma cruz de 20 m de altura por 10 m de largura, cujos contornos, em neon, podem ser vistos da cidade à noite. Quem gosta de ecoturismo também visita a antiga pedreira.
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Descendo o morro há também o Parque da Gruta, conhecido como Parque dos Índios por causa de artefatos indígenas encontrados em seu entorno. Circundado pelos metros quadrados mais caros da cidade, o local oferece teleférico, parque infantil, turismo ecológico, mini-zoológico e churrasqueiras gratuitas para a comunidade. Quem não quer o trabalho de assar a carne pode comer no restaurante do local - sempre com algum item tipicamente germânico no cardápio.
Ainda na parte urbana do município, o visitante pode conhecer a antiga Estação Férrea, fundada em 1905 pelo então presidente da província, Borges de Medeiros, no mesmo dia em que Santa Cruz deixou de ser vila para se tornar cidade, em 19 de novembro. Hoje, o local abriga o Centro de Cultura Francisco José Frantz, onde há exposições e workshops para os estudantes locais.
E não se pode esquecer do próprio Parque da Orktoberfest, evento que se originou da Festa Nacional do Fumo, criada em 1966 e que acontecida de seis em seis anos. No local onde era realizada a Fenaf e em que hoje se celebra a tradição alemã em outubro, um dos pontos que não pode faltar no álbum de fotos é o pórtico do parque: original desde a primeira festa, na década de 1960.
Um pouco mais distante da região central está o Parque de Eventos, aberto em 2003 e onde também está o autódromo do município, que já recebeu corridas da Stock Car e atrai turistas pelos eventos de motovelocidade que sedia. No local há também duas áreas de camping: uma para famílias, com "toque de recolher" para garantir o sossego dos mais velhos, e uma para jovens, onde a noite é sempre uma criança.
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Rio Pardinho
Não é só a Oktoberfest e o centro de Santa Cruz do Sul que oferecem uma perspectiva da história e da cultura na região. Saindo do Centro pelo RS-471 em direção ao município vizinho de Sinimbu, uma série de outras atrações se apresenta aos visitantes no distrito de Rio Pardinho. É a chamada Rota Germânica, percurso em que se encontram casas e comércios de descendentes germânicos que conservam suas tradições e mostram aos turistas um pouco do que foi deixado pelos primeiros colonizadores. Os locais abrem aos fins de semana e feriados, mas quem quiser ir durante a semana pode agendar uma visita. Os telefones dos estabelecimentos estão no site da Rota.
O Santuário de Nossa Senhora, também chamado de Schoenstatt, é uma delas. Ele é um dos 198 no mundo, todos idênticos: do púlpito ao número de assentos para fiéis, passando pelo tipo de hera que ornamenta o muro externo. No Mosteiro da Santíssima Trindade, uma construção simples no alto de um morro com estrada de chão, oferece hospedaria para quem quer sossego e meditação - o projeto completo contempla 22 vagas, mas atualmente apenas seis estão concluídas. Do terreno é possível ter uma visão panorâmica de outra parte do vale, cercado por verde e salpicado das poucas casas da região.
As missas são celebradas às 17h30 em dias de semana e às 9h30 no domingo, no salão para orações coletivas. Quem quiser rezar individualmente pode também visitar a pequena capela nos fundos do mosteiro. O local também tem uma loja com artefatos produzidos pelas monjas, como velas, mel e medalhas de São Bento - fundados da ordem. É possível, ainda, encomendar ícones, quadros pintados em madeira com tinturas à base de clara de ovo, vinho branco e pigmentos naturais, desenhados durante período de meditação.
A Igreja dos Imigrantes, também no Rio Pardinho, também oferece uma viagem no tempo. A segunda mais antiga da região, foi feita de pedra por 52 homens, e ainda conserva o mesmo altar, com o púlpito elevado do chão. O local era usado apenas no momento da leitura da bíblia pelo padre, sob a lógica de que a palavra de Deus está acima da dos homens.
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Fundado em 1890, inicialmente o templo evangélico não tinha torre, porque à época não era permitido tê-la em casos de sedes de religiões não católicas. O local, quando não era usado para celebrações, funcionava como escola. Vale reparar na porta de entrada, ainda a original, cujo tamanho do ferrolho e a espessura da madeira diferem dos padrões atuais.
Ao lado da igreja, um cemitério com lápides inscritas em alemão. O cemitério continuou funcionando mesmo durante o hiato da igreja - entre 1971, quando da construção de um novo templo encerrou as celebrações aqui, e 1994, quando a Igreja dos Imigrantes foi reformada e reaberta ao público.
Rodando mais alguns quilômetros chega-se à Basteleihaus, ou casa de trabalhos manuais. Hoje "sob direção" da quarta geração de descendentes alemães, foi construída em 1910 com tijolos e telhas da olaria da região. Atualmente abriga uma loja de artesanato e uma coleção de antiguidades. O "museu", por enquanto, ocupa a garagem e a sala de estar da casa, e divide espaço com os trabalhos manuais à venda.
Um pit stop aconselhável para o fim do tour é a casa de cucas Gressler. A pequena construção de madeira reserva cucas com os mais variados recheios, e o visitante pode prová-los antes de escolher qual - ou, mais provavelmente, quais sabores levar para o hotel ou para casa.
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Se você pretende passar as próximas férias curtindo piscinas de águas termais, Rio Quente é sem dúvida o destino ideal. A cidade tem o clima típico de interior, mas no bairro Esplanada ficam as grandes atrações turísticas: o Hot Park, um parque aquático com várias atrações e o Rio Quente Resorts. O ingresso para curtir o parque custa R$ 105 e algumas atrações são cobradas à parte. A seguir, confira 15 passeios e atividades imperdíveis em Rio Quente
Foto: Fernanda Frozza
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Praia do Cerrado: para quem mora longe do litoral e sente falta de curtir o mar vez em quando, a Praia do Cerrado, no Hot Park, tem 25 mil m² de águas naturais, além de nove tipos de ondas que podem atingir 1,20 m de altura. Se você acha que as semelhanças com uma praia real param por aí, o lugar ainda recebeu 300 caminhões de areia fina e branca extraída da região de Cristalina, a 280 km da região. São três praias em uma: a Praia da Marina, dedicadas às crianças; a Praia dos Sonhos, reservada aos hóspedes; a Praia do Bikini, com clima mais agitado e palco para shows
Foto: Divulgação
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Aula de surf: quem sonha em surfar, mas tem medo de enfrentar o mar, pode aproveitar a Praia do Cerrado para subir na prancha pela primeira vez. Todas as manhãs, das 8h às 10h, são realizadas aulas de surf para adultos e crianças a partir de sete anos. Como as ondas são artificiais e constantes, fica mais fácil praticar a atividade, que sai por R$ 60
Foto: Divulgação
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Half Pipe: esse é dos brinquedos que mais causa frio na barriga no Hot Park e vale a experiência de quem visita o local. Com 13 metros de altura, o Half Pipe é um escorregador inspirado em rampas de skate em forma de U. Para descer, porém, é preciso ter coragem e muita! A descida em queda livre acontece em boias que comportam até duas pessoas por vez
Foto: Fernanda Frozza
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Xpirado: o toboágua é a grande atração do Hot Park. Com 32 m de altura e 146 m de comprimento, o brinquedo tem uma estrutura tematizada que deixa a experiência ainda mais emocionante. Ao chegar, os visitantes assistem a um vídeo que conta a estória sobre a Vila das Almas, região de pescadores que foi abandonada e tomada por piranhas assassinas. Como se não bastasse, são encaminhados para um cenário igual ao do vídeo, com um aquário real de piranhas e, em seguida, sobem uma escada até o início do toboágua ouvindo sons aterrorizantes. Nos 17 segundos de queda, o corpo chega a desencostar do brinquedo nas partes mais íngremes, até que a queda é feita em uma piscina. Para os aventureiros, vale a pena conferir!
Foto: Fernanda Frozza
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Mergulho: no Hot Park, o mergulho é feito em um lago de 9 mil m² e até 5 m de profundidade. O visitante assiste a um vídeo com instruções, recebe equipamentos adequados e é guiado por monitores durante todo o trajeto. Além de poder ver peixes de até 2 m de comprimento, a experiência ainda conta com um barco e estátuas colocadas estrategicamente no fundo do lago, o que remete a um naufrágio. São oferecidas 14 modalidades de mergulho que custam a partir de R$ 87
Foto: Divulgação
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Caiaque: a atividade é procurada por visitantes de todas as idades no Hot Park. No mesmo lago de 9 mil m², onde é realizado o mergulho, é feito o passeio de caiaque, que pode ser individual ou com mais de uma pessoa. Os preços podem variar de acordo com a escolha do cliente, já que existem caiaques amarelos e transparentes, que proporcionam uma vista melhor do lago. A atração custa a partir de R$ 21
Foto: Fernanda Frozza
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Lazy River: um rio artificial de 238 m com uma leve correnteza faz um percurso pelo Hot Park. Em boias de uma ou duas pessoas, crianças, jovens e adultos se divertem brincando, tomando sol ou curtindo a paisagem dos jardins ao redor da atração. Por fim, o Lazy River passa por um túnel com uma cascata e volta ao início do percurso. Dá para curtir a tarde inteira!
Foto: Fernanda Frozza
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Bird Land: localizado no Hot Park, um espaço de 2 mil m² e 13 m de altura abriga 300 espécies de aves que vivem soltas no local, como araras, tucanos, pavões e papagaios. A entrada é cobrada à parte e custa R$ 48 por pessoa, para adultos ou criança, o que inclui a visita e um copinho com alpiste para alimentar os animais. No local, é proibido entrar com câmeras fotográficas, por isso, se quiser levar para casa uma foto com uma das aves, o visitante precisa desembolsar mais R$ 20. O passeio vale a pena, mas sem dúvida, não é barato
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Tirolesa: no Hot Park, a tirolesa é feita a uma altura de 15 m, sobre o Lago Quente, o mesmo em que ocorre a prática de mergulho e caiaque. O visitante inicia o trajeto em cima de um paredão e desce por uma extensão de 90 m até curtir a água quentinha da margem. A atração custa R$ 20
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Hot Fly: esse é o nome dado para uma tirolesa especial, que fica no Hot Park, em que o visitante larga do alto de um paredão rochoso de 20 m. A diferença da tirolesa é que o visitante fica pendurado com equipamentos como se estivesse de bruços, simulando um voo de 90 m que termina em um lago com água quente. Para curtir, é preciso pagar R$ 20, já que essa também é uma das atrações cobradas à parte
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Aqua River e Aqua Race: os dois toboáguas são perfeitos para quem procura adrenalina, mas uma experiência mais tranquila que o Xpirado e o Half Pipe, por exemplo. No Aqua River, o visitante tem a opção de escolher entre três pistas de 17,2 m usando boias ou tapetes especiais. Em uma delas, o trajeto é feito no escuro. Já no Aqua Race, a decida é feita sem proteção e é possível chegar a 30 km/h a uma altura de 13 m
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Paintball: nem todas as atividades do Hot Park envolvem as águas termais. Para quem não quer ficar o dia todo na piscina, uma das opções é praticar paintball. Por R$ 38, o visitante ganha uniforme e 60 bolinhas de tinta e arma de pressão
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Atividades na piscina: durante o dia, o Hot Park segue uma programação que conta com jogos de vôlei na praia, hidroginástica e shows. Os exercícios na piscina chamam a atenção dos idosos, que em sua maioria, deixam as atrações radicais de lado e aproveitam as dicas dos instrutores para curtir as água quentes
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Arvorismo: essa é uma das atrações cobradas à parte no Hot Park. Por R$ 37, o visitante recebe equipamentos de segurança para fazer uma travessia de 100 m entre plataformas montadas no alto de árvores. Para completar o percurso, é preciso passar por 12 obstáculos
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Parque das fontes: o local faz a alegria dos turistas. Para aproveitá-lo, porém, é preciso estar hospedado em um dos hotéis do Rio Quente Resorts. Com duchas e ofurôs naturais, os visitantes podem aproveitar as águas a 37,5° C a qualquer hora do dia. No total, são oito piscinas com profundidade de 1,60 m, onde é possível avistar alguns peixes. Para os boêmios, vale aproveitar os bares que ficam dentro das piscinas para petiscar ou beber alguma coisa sem sair da água - e o melhor, 24h por dia