Com diárias a partir de R$ 7 mil, hotel na África do Sul completa 45 anos

Vida selvagem bem na porta do hotel, na África do Sul [...]

11 jul 2024 - 07h56
(atualizado às 15h18)

Conheci o hotel Sabi Sabi há mais de uma década, em 2010, quando o planeta descobria a África do Sul, naquele ano em que o país sediaria a Copa do Mundo.

E, desde então, meu conceito de hotelaria nunca mais foi o mesmo.

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Hospedar-se em um dos lodges da Sabi Sabi Private Game Reserve, inaugurado em 1979 como um dos principais hotéis de safári da África do Sul, é como se sentir em casa.

Earth Lodge
Earth Lodge
Foto: Divulgação / Viagem em Pauta

Quem nos recebe na chegada já sabe de cor o nome e as preferências do hóspede; e as experiências externas nos levam àquelas imagens de vida selvagem que a gente achava que só existiam em documentários na televisão.

Mas uma delas nunca mais vou esquecer.

Mito ou não, daqueles que alimentam o imaginário das viagens em terras africanas, a recomendação era sempre avisar a recepção quando estivéssemos deixando o quarto para ir ao salão das refeições.

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Inserido em ambiente selvagem e com espaços integrados à savana, nunca se sabe quando a bicharada poderia dar as caras no caminho.

África do Sul do lado de fora

O Sabi Sabi recebe bem do lado de dentro. Mas o melhor fica ao longo dos 65 mil hectares da Sabi Sand Reserve, no setor sudoeste do Parque Nacional Kruger, a maior área protegida de toda a África do Sul, nas províncias de Limpopo e Mpumalanga.

E não é só isso.

Desde que todas as cercas foram derrubadas entre o Kruger e a Sabi Sand, em 1993, a região é uma reserva de dois milhões de hectares que permite a livre circulação de animais, no leste do país e a 200 quilômetros de Maputo, capital de Moçambique.

Nem sempre precisa ir longe para ter elefantes e outros animais, diante dos olhos.

Safári na Sabi Sand Game Reserve
Foto: Divulgação / Viagem em Pauta

No Bush Lodge, por exemplo, as sessões vespertinas de chá preto com tortas e pães são sobre um deck, de onde se vêem animais atraídos pela água de uma lagoa em frente, cuja observação da fauna é garantida, em certas horas do dia.

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Eis o luxo discreto, quase invisível, que não ofusca o melhor da região: a própria África.

Ainda que a programação de atividades seja sempre a mesma, uma saída pela manhã e outro no final da tarde, um dia na África nunca é igual a outro.

A jornada começa com safáris fotográficos, acompanhadas dos olhos atentos de guias especializados em seguir sons e pegadas, a bordo de carros 4×4, e termina com jantares à luz de velas, servidos ao ar livre.

Desde o início, os profissionais avisam que não é possível garantir a observação dos animais. Mas eles sempre aparecem.

Leopardo durante safári
Foto: Eduardo Vessoni / Viagem em Pauta

No meu caso, tive a (rara) sorte de avistar, em um único dia, os Big Five, como são chamados os cinco animais mais perigosos da savana africana (leão, elefante, búfalo, rinoceronte e leopardo). O termo tem origem no século 19, quando caçadores profissionais buscavam o título ao tentar matá-los a pé, no menor tempo possível.

Hoje, a gente mata a curiosidade de ver alguns dos animais mais fascinantes da savana africana, que também tem impalas, gnus, cudos, zebras e hienas.

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CONHEÇA O SABI SABI

Inaugurado em 1979 pelo casal Jacqui e Hilton, a partir do sonho de ter uma casa de luxo no mato, o Sabi Sabi logo se tornaria uma propriedade com a função de guardiã daquela África do Sul que precisava ser preservada.

A segunda propriedade seria adquirida em 1993, que mais tarde abrigaria o que hoje é o Selati Camp, um dos quatros lodges abertos à hospedagem.

A proposta do hotel é baseada no tempo, unindo em quatro lodges temáticos de luxo as lembranças da época das travessias de trens (Ontem), a conservação do santuário de vida selvagem (Hoje) e a garantia de um futuro sustentável (Amanhã).

Selati Camp

O passado é celebrado nesse lodge que faz referência às antigas linhas de trem, da segunda metade do século 19, que conectavam Joanesburgo e Maputo, a capital do vizinho Moçambique, durante a descoberta do ouro.

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São sete suítes com clima vintage, marcadas por uma decoração com lampiões, trilhos e decoração colonial, em um dos espaços mais minimalistas de todo o Sabi Sabi.

Banheiro de uma das suítes do Selati Camp
Foto: Divulgação / Viagem em Pauta

Bush Lodge

Esta opção com 25 suítes é a única que aceita crianças.

É o primeiro lodge a ser inaugurado e faz referência ao Hoje, em uma fusão entre o tradicional e o contemporâneo com desenhos inspirados na paisagem do lado de fora.

Bush Lodge
Foto: Divulgação / Viagem em Pauta

Little Bush Camp

Com apenas seis suítes, esse é o Sabi Sabi para quem quer mais privacidade, sob árvores ribeirinhas nas margens do rio Msuthlu.

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Cada uma delas tem um deck privativo de observação e banheira com vista para o rio.

Little Bush Camp
Foto: Divulgação / Viagem em Pauta

Earth Lodge

Este é o mais famoso de todos, sobretudo por conta da clássica imagem que abre esta matéria com a suíte presidencial Amber, conhecida pela cama com cabeceira de madeira.

Considerado o lodge mais integrado ao meio ambiente do mundo, literalmente, essa opção com 13 suítes tem entrada subterrânea que revela pouco daquele mundo exclusivo.

Eis a África dentro da África.

SAIBA MAIS

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Como chegar

A 500 km de Joanesburgo (5 horas de estrada), a região conta com voos operados pela South African Airways que chegam aos aeroportos de Nelspruit e Skukuza, ambos na província de Mpumalanga.

Quando ir

Segundo guias locais, entre junho e agosto, há maiores chances de ver bichos aos montes, próximos às reservas naturais de água.

Quanto custa

As diárias começam em R$ 7.000 (ZAR 23800, no Bush Lodge) e incluem duas saídas de safári por dia e todas as refeições com bebidas, inclusive alcoólicas. 

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