Projetado para roteiros nos árticos, com materiais que suportam o clima e o ambiente gelados, o L'Austral é um grande e luxuoso yacht. A embarcação da Compagnie du Ponant esteve recentemente no Rio de Janeiro e abriu as portas para uma visita da reportagem do Terra.
A diferença do L'Austral para outras embarcações de cruzeiro é visível já do lado de fora do porto. Além de bem menor que os outros transatlânticos, sua pintura na cor chumbo se destaca em meio aos navios geralmente brancos. Mas o diferencial é o clima de yacht privativo em um navio de cruzeiros. A herança francesa da companhia garante luxo e requinte em diversos detalhes internos, desde a decoração até os restaurantes e outros espaços públicos.
Inaugurado em 2011, o L'Austral possui apenas 132 cabines, todas externas e a maioria com varanda. Apesar de ser um navio de luxo e para poucos passageiros, ele não tem restrições para crianças a bordo. “Eu mesmo viajo com meus filhos”, brincou o diretor Internacional de Vendas da Compagnie du Ponant, Stephen Winter. Quando famílias excursionam juntas é possível juntar duas cabines para acomodar todos.
Por ser pequeno, o L'Austral oferece apenas dois restaurantes. Ambos, porém, são ambientes que refletem a tradição francesa com gastronomia de alta qualidade. O Gastronomic Restaurant serve pratos franceses e internacionais e o Grill Restaurant apresenta lugares ao ar livre com buffet e jantares temáticos. Um teatro que acomoda todos os hóspedes é usado para apresentações artísticas, aulas e palestras, comuns nas expedições da Compagnie du Ponant. Estão disponíveis também sala de games, livraria, spa e cassino.
Destinos
Os destinos também diferenciam o L'Austral. Feito para resistir ao ambiente e à temperatura de regiões como o Ártico e Antártica, a companhia oferece cruzeiros para esses lugares com regularidade. Neles os hóspedes podem aproveitar para desbravar as regiões em excursões em botes projetados para navegar nas águas gélidas. O navio também trafega por destinos comuns de outros cruzeiros na Europa, América do Sul, Oceania e Ásia, mas por ser menor, consegue acessar portos menos conhecidos.
Uma curiosidade dos cruzeiros da Compagnie du Ponant é a facilidade de acesso à cabine de comando. Ao contrário de boa parte dos navios, não é proibida para os hóspedes e pode ser visitada. “A ponte é aberta. Não sempre, claro. Quando passamos por uma tempestade, por exemplo, precisamos de concentração”, disse o capitão Jean-Philippe Lemaire. Divertido, Lemaire diz gostar da informalidade de poder receber passageiros na cabine e comenta o que pensa sobre estar sempre em um lugar diferente e com pessoas novas. “Você precisa manter a sua mente aberta em um cruzeiro”.