O aeroporto de Catânia, o principal da Sicília, precisou suspender as operações novamente nesta terça-feira (23) após mais uma erupção do Etna. Foi a segunda vez no mês que o popular destino do verão europeu precisou interromper o tráfego aéreo, como medida de segurança devido à grande quantidade de cinzas na atmosfera.
Segundo o Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia (INGV) da Itália, a coluna de cinzas chegou a uma altitude de 8 quilômetros.
Segunda erupção apenas em julho
Interrupções no aeroporto de Catânia por conta do Etna são uma situação corriqueira, com as companhias aéreas optando por cancelar voos ou redirecioná-los para destinos próximos, dependendo do caso.
Somente em julho de 2024, já é a segunda vez que uma situação desse tipo ocorre. A anterior ocorreu no dia 4, quando os voos também precisaram ser suspensos por conta do excesso de cinzas no ar. Na ocasião, as operações do aeroporto foram retomadas no dia seguinte.
Informações preliminares do INGV apontavam que, após a liberação inicial de cinzas nesta terça-feira, a coluna havia retrocedido e as partículas já tinham voltado a se concentrar sobre o vulcão propriamente dito - um indício de que o aeroporto poderia voltar ao funcionamento em breve.
O Etna
Um dos vulcões mais ativos do mundo e considerado o maior em atividade na Europa, o Etna é cenário de erupções frequentes, que costumam ocorrer mais de uma vez por ano. O ritmo de liberação de lava do Etna é tamanho que sua altitude muda com frequência em função do acúmulo de material depositado após as erupções.
Hoje, o monte tem 3.369 metros sobre o nível do mar em seu ponto mais alto - mas uma série de explosões em 2021 fez essa medida aumentar em 30 metros de uma só vez, em um exemplo de como o dado é extremamente volátil. O ponto culminante do Etna também muda conforme a erupção, podendo ficar em lados diferentes da montanha de acordo com a direção da última liberação de lava e cinzas.
