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Especial Patagônia: tudo que você precisa saber antes de ir

À primeira vista, parece tudo a mesma coisa, ms não é [...]

17 set 2024 - 06h58
(atualizado em 18/9/2024 às 08h46)

À primeira vista, a Patagônia parece tudo a mesma coisa: imensas áreas geladas, em destinos isolados do extremo sul do continente.

Mas visitar essa região imensa, entre o Chile e a Argentina, é encontrar uma geografia desafiadora, em terras distantes que vão muito além de Bariloche e das Região dos Lagos, só para citar dois destinos patagônicos populares, entre brasileiros.

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Não é difícil encontrar destinos patagônicos com cara de cidade grande. Por isso, é preciso saber qual é a sua pegada.

Foto: Eduardo Vessoni / Viagem em Pauta

CHILE OU ARGENTINA?

Se a ideia for circular por áreas urbanizadas, daquelas com lojas de chocolate e casinhas de madeira, no melhor estilo Campos do Jordão, Barilcohe ou El Calafate, ambas na Argentina, são suficientes e exigem pouco esforço do viajante.

Mas para ver terras isoladas, em um dos setores com menor densidade demográfica do planeta, a sua viagem precisa mudar o tom (e a temperatura).

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O Chile guarda a versão mais isolada e inóspita da Patagônia, onde é possível navegar pela terceira maior extensão de gelos continentais do mundo, uma área de 21 mil km² com atrativos como o Parque Nacional Laguna San Rafael e o glaciar Exploradores, nos Campos de Gelo Norte.

Já a Argentina é dona de uma extensa área de mais de 930 mil km², formada pelas províncias de La Pampa, Neuquén, Río Negro, Chubut, Santa Cruz e Tierra del Fuego, onde estão destinos bem conhecidos dos brasileiros (ainda que apenas por fotos) como Bariloche, El Calafate e Ushuaia.

Foto: Javier González/Flickr / Viagem em Pauta

É FÁCIL CHEGAR?

Não, não é fácil chegar.

Na Argentina, a Patagônia tem território mais plano e estradas que, por si só, já valem a viagem, como a Ruta Nacional 3 até a Terra do Fogo e a icônica estrada Ruta 40, com acesso a El Chaltén, a capital argentina do trekking, e a El Calafate, porta de entrada para o Parque Nacional Los Glaciares.

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Já no Chile, bom… No Chile, a Patagônia é no ritmo dela e exige paciência de quem viaja por terra.

Recortada por fiordes e geleiras, a Patagônia chilena tem como ícone rodoviário a Carretera Austral, uma estrada com mais de 1.200 quilômetros de extensão, entre a Região dos Lagos e Aysén, no setor oriental da Patagônia chilena.

Considerada um dos maiores orgulhos da engenharia chilena, essa via exige cuidados do visitante como o aluguel de um carro 4×4 e velocidade reduzida, sobretudo nos trechos estreitos de cascalhos soltos.

E TEM BICHO PARA VER?

Na Argentina, a bicharada está mais dispersa ou se concentra em áreas como Punta Tombo, a maior colônia continental de pinguins-de-magalhães, a 175 quilômetros de Puerto Madryn, na província de Chubut, ou então nas ilhas do Ushuaia, cujos passeios costumam ter animais garantidos.

As diversas reservas naturais e os 11 parques nacionais são os endereços ideais para observação de animais, na Patagônia argentina. Mas ainda assim, o viajante precisa pagar ingressos ou realizar longas travessias para encontrar os animais.

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No Chile, a vida animal é mais presente e pode ser vista com mais facilidade, na beira de estradas, ao longo de trilhas ou até mesmo na porta do hotel.

Puma em Torres del Paine, na Patagônia chilena
Foto: Tierra Patagonia/Divulgação / Viagem em Pauta

Um dos destinos perfeitos para a observação da fauna local é o Parque Nacional Torres del Paine, na Região de Magalhães, onde animais como guanacos, emas e até pumas não se incomodam com a presença humana e podem ser vistos a poucos metros de distância.

É ali que fica o Tierra Patagonia, um dos hotéis remotos da região, conhecido pelo cardápio de atividades inclusas nas diárias, escolhidas pelos hóspedes em encontros individuais com guias especializados em temas como geologia, cultura local, fauna e flora.

Eles costumam chamar de excursões, mas são como pequenas expedições Patagônia adentro.

As saídas do dia seguinte são escolhidas pelos hóspedes em encontros informais no lobby do hotel, de acordo com as condições climáticas, preparo físico do hóspede e grau de dificuldades dos roteiros.

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Foto: Tierra Patagonia / Viagem em Pauta

É FRIO?

Sí, señor. Inclusive, não se espante se, em pleno janeiro de verão, pequenas gotas de neve caírem sobre as ruas de Ushuaia, na Patagônia argentina.

Na região das cordilheiras, por exemplo, o verão é gelado, cuja temperatura média anual varia entre 8 ºC e 10 ºC, diminuindo conforme o viajante for seguindo rumo ao sul.

Prepare-se também para o mau humor patagônico. Em questões de horas, é possível ter sol, chuva, garoa, vento, tempo nublado, céu claro e neve. Por outro lado, o verão por ali é conhecido pelos dias mais longos, podendo chegar a 17 horas de luz.

É CARO?

Tanto o lado argentino quanto o chileno costumam ter seus preços mais elevados com relação ao restante de seus respectivos países, sobretudo, por conta das distâncias e do isolamento da região.

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Por isso, prepare-se para gastar de 30 a 40% a mais, em comparação com outros destinos turísticos da Argentina e do Chile.

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