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Fernando de Noronha para mãos de vaca: dicas para economizar

É possível, sim, viajar sem estourar o orçamento [...]

15 jan 2025 - 16h20

Não tem como escapar, Fernando de Noronha é um dos destinos mais caros em todo o Brasil.

Mas é possível, sim, visitar esse arquipélago a 545 km do Recife sem estourar o orçamento. E pode ter certeza de que cada centavo investido (e economizado) será recompensado com uma das experiências turísticas mais exclusivas do país.

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Confira as dicas do Viagem em Pauta para economizar em passagens aéreas, hospedagem e passeios.

Baía dos Porcos
Baía dos Porcos
Foto: Eduardo Vessoni / Viagem em Pauta

ANTES DE IR

Se tem um gasto que não vai dar para evitar é o pagamento das taxas cobradas dos visitantes.

A TPA (Taxa de Preservação Ambiental) é obrigatória e calculada em razão dos dias de permanência do turista. Em 2025, a diária é de R$ 101,33, que vai ganhando desconto, a partir do 5º dia de viagem. Para agilizar, pague a taxa com antecedência no site da ilha.

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Já para entrar no Parque Nacional Marinho Fernando de Noronha, brasileiros pagam R$ 186,50.

Embora seja opcional, esse ingresso válido por 10 dias dá direito de acesso a todas as áreas de visitação pública do PARNAMAR, bem como trilhas (Enseada do Abreu, Pontinha Caieira, Morro São José e Capim Açu) e praias (do Sancho, Baía dos Porcos, Atalaia, Leão, Sueste e Caieira).

Para quem vai mergulhar, o acesso às embarcações que partem do Porto de Santo Antonio também exige ingresso (o mesmo que vale para entrar no Parque Nacional), cuja venda antecipada no site gera um QR Code de acesso ao parque.

Foto: Eduardo Vessoni / Viagem em Pauta

PASSAGENS AÉREAS

Por dois motivos, evite comprar trechos separados.

Para chegar a Noronha, via São Paulo, a viagem tem troca de aeronave no Recife (PE).

Por isso, não é raro o passageiro usar milhas para fazer o primeiro trecho (GRU-REC) com uma empresa e pagar a diferença com outra que tenha melhor tarifa (REC-FEN). Além de não poder despachar a bagagem até o destino final, o risco desse trâmite é que, no caso de algum atraso ou outro problema numa das companhias, a outra não poderá dar assistência.

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Outro motivo para evitar desmembrar bilhetes é que, em muitos casos, a viagem GRU-REC-FEN pode sair mais barata ou quase o mesmo valor da rota REC-FEN.

Numa simulação em um desses sites de busca de passagens, o Viagem em Pauta encontrou a viagem completa por R$ 1.998. Já os trechos REC-FEN-REC saíam, no total, R$ 1.266.

Nem sempre usar milhas para comprar parte da viagem vale a pena nesse caso, sobretudo se você tiver que comprar à parte o trecho Recife-Noronha. Se for usá-las, procure incluir todas as pernas da viagem num mesmo bilhete.

Até o fechamento desta matéria, o Aeroporto Governador Carlos Wilson, em Fernando de Noronha, recebia apenas aeronaves de pequeno porte da Azul e da VOEPASS (via Latam).

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Foto: Eduardo Vessoni / Viagem em Pauta

VIAJE NA BAIXA TEMPORADA

A temporada com menos visitantes, quando agências e pousadas costumam oferecer descontos mais significativos, costuma ir de março a julho.

Apesar de ser, na teoria, época de chuva, a boa notícia é que nesse mesmo período tem um atrativo único: as cachoeiras temporárias que se formam nos paredões rochosos da Praia do Sancho. Outra atrativo são as ondas altas para surfistas.

E pode ficar tranquilo. Quando o Viagem em Pauta esteve em plena temporada de chuvas, pegamos um único dia de precipitações, ao longo de dez de viagem, e temperaturas entre 25 °C e 27 °C.

TRANSPORTE NA ILHA

Com o litro da gasolina custando cerca de R$ 10, usar bugue pode aumentar (e muito) seus custos na ilha. Isso não quer dizer que você não deva provar a experiência, ao menos uma vez, mas não precisa andar de bugue todo dia.

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Noronha conta com uma linha de ônibus (R$ 5 para turistas e grátis para moradores permanentes e temporários) que conecta os extremos da ilha pela minúscula BR-363, entre a Baía do Sueste e o Porto de Santo Antonio, e com acesso a atrações como o Buraco da Raquel e a Ponta do Air France.

Com frequência a cada 30 minutos, das 7h às 23h, esta é uma opção econômica que passa por locais como o aeroporto, o Boldró (onde fica o Projeto Tamar e o ICMBio) e bairros como Floresta Velha e Vila do 30 (onde se concentram mercados, quitandas e pousadas).

Outra opção é o táxi, operado pela única empresa da ilha e com app para consulta de tarifas, que aliás são tabeladas e variam entre R$ 28 e R$ 60.

Foto: Eduardo Vessoni / Viagem em Pauta

PASSEIOS

Procure intercalar passeios contratados em agências e outros com entrada gratuita.

Além das praias urbanas da ilha, como Cachorro, do Meio e da Conceição, a Costa Esmeralda, por exemplo, é uma trilha que você pode fazer por conta (e de graça). São 5 km de caminhada (dificuldade média), passando por 8 praias do Mar de Dentro, entre a do Cachorro e a da Baía dos Porcos.

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Outra atividade sem custo que vale a pena é a captura intencional de tartarugas realizada pelos biólogos do Projeto Tamar, que realizam monitoramento de tartarugas marinhas, através de captura intencional para marcação e biometria na praia, e ainda dão uma aula ao ar livre.

A atividade é aberta ao público, na baía do Sueste, às 2ª e 5ª feiras, e tem entrada gratuita, assim como as palestras no auditório da Fundação Projeto Tamar (Alameda do Boldró, s/n°).

Outra dica, na medida do possível, é concentrar os passeios em uma mesma agência, inclusive de mergulho. Isso aumenta seu poder de negociação para conseguir algum desconto.

Foto: Eduardo Vessoni / Viagem em Pauta
Foto: Eduardo Vessoni / Viagem em Pauta

ALIMENTAÇÃO/HOSPEDAGEM

Em Fernando de Noronha não faltam opções de lugares deliciosos para comer e pernoitar, mas não precisa ir todo dia no restaurante gourmet nem ficar na mesma pousada das celebridades.

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Para economizar de verdade no quesito alimentação, por exemplo, procure os estabelecimentos frequentados por moradores locais, onde são servidas refeições empratadas por preço fixo ou no sistema self service.

Entre as opções, tente o caseiro Restaurante do Valdênio, na Vila do 30, o Restaurante do Jacaré, em frente ao Palácio São Miguel, na Vila dos Remédios, e o Da Mãezinha, próximo ao Centro Histórico.

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