As ruínas incas de Machu Picchu, no Peru, foram fechadas em decorrência de uma greve convocada por organizações sociais da região, que exigem uma redução no preço das passagens de trem para turistas do país.
O prefeito de Machu Pichu, Darwin Barca, confirmou ao jornal Gestión, que a população está indignada com o forte aumento no preço das passagens de trem entre Cusco e o resort turístico.
"O povo decidiu uma greve por tempo indeterminado até que seus pedidos sejam aceitos. Na verdade, eu mesmo há muito tempo solicito uma avaliação da situação", explicou Barca.
O político ainda lembrou que "há discriminação" contra os turistas locais no trem de Ollantaytambo a Machu Picchu, principalmente nos assentos disponíveis nos vagões.
Barca ainda afirmou que antes da pandemia do novo coronavírus, os turistas peruanos pagavam 10 soles (cerca de US$ 2,78), enquanto atualmente precisam desembolsar entre 215 (por volta de US$ 60) e 251 soles (aproximadamente US$ 70).
Após oito meses, Machu Picchu foi reaberta ao público no dia 1º de novembro. Por questões de segurança, apenas 675 turistas por dia tinham acesso ao local, sendo 30% da capacidade permitida antes da pandemia.
O fechamento de Machu Picchu foi um duro golpe para as dezenas de milhares de pessoas que vivem da indústria turística do local.